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sábado, 9 de janeiro de 2010

Urgente!!!!

Pessoal.

É urgente, estamos aqui em Brazlândia neste momento onde
acabamos de ocupar uma área no final do assentamento, antiga
garagem. Estamos com cerca de 150 famílias no local, mulheres,
jovens e crianças. A polícia cercou a área e ja começou a nos
intimidar com bombas de gás.
Precisamos urgente que entrem em contato com advogados
que conhecem, com algum deputado que tenha como bandeira de luta,com movimentos parceiros.
Pela tarde fomos retirados da antiga área que estávamos e voltamos
com nova ocuapação.
Estamos reivindicando uma área para moradia de baixa renda, com projetos
para o desenvolvimento sustentável e um futuro bairro ecológico.
Divulguem e se juntem a nossa luta.

Abraços

Quaquer coisa entrem em contato no meu cel: 98134441

Marco


AMIGOS das VEREDAS

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"Quem se curva aos poderosos mostra a bunda aos oprimidos" Millôr Fernandes.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Questão social é questão ambiental.

Não é possível discutir a questão ambiental sem incluir a questão social. O crescimento das cidades é algo inerente (as cidades não se encontram engessadas). Não existem políticas públicas que atue no planejamento familiar brasileiro. Em Brasília o crescimento populacional foi feito de modo desgovernado e tem ocasionado grande degradação ambiental em nosso território. O próprio PDOT instrumento que visa o ordenamento territorial juntamento com o Zoneamento Ecônomico Ecológico (ZEE) em nossa capital brasileira foi utilizada como instrumento de barganha política eleitoreira e no favorecimento de certas coorporações da construção civil e afins.
O que não pode continuar é o esteriótipo que pobreza financeira é sinônimo de poluição (veja o caso das cidades do entorno ex. Águas Lindas de Goiás). Existem mecanismos como a Constituição Brasileira e o Estatuto das Cidades que garantem moradia e um ambiente saudável. O que não dá é tampar o sol com a paneira, nem fingir que o problemas sociais e ambientais não existem em nossa Brazlândia.
Em pleno séc. XXI já existem soluções ambientais para moradia (só observar alguns países europeus) e o Brasil rico em diversidade natural e humana tem que mudar a visão de desenvolvimento para o presente e futuro próximo.
Estamos abertos ao diálogo por um ambiente saudável e dignidade para os filhos de Brazlândia.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

GDF desaloja famílias em Brazlândia


Governo retira famílias moradoras de áreas ocupadas para distribuir lotes para PMs, bombeiros e toda sorte de eleitores do Arruda.

A ação estava prevista pelo Plano de Ordenamento Territorial (PDOT). De acordo com as justificativas legais, o PDOT foi aprovado com vistas a atender as famílias de baixa renda que moravam em uma área de situação de risco, a quadra 55. A desocupação da área ocorreu à alguns dias e desde então 49 famílias que não foram contempladas pela distribuição dos lotes estão despejadas em um local muito precário chamado Balneário, no centro de Brazlândia. Trata-se de 43 mães solteiras (algumas grávidas e outras de resguardo), 6 homens e cerca de 40 crianças, muitas de colo.


Segundo moradoras, houve um incêndio que ninguém sabe como começou, mais ou menos duas semanas atrás, nos barracos da quadra 55. Há suspeitas de que este incêndio tenha sido provocado de forma criminosa para pressionar o Ministério Público a aprovar com rapidez a retirada das famílias.

As quadras 34 e 44 foram criadas a partir do PDOT. A criação dessas quadras segundo o PDOT, era para atender a demanda das quadras 55 (área de risco, pois havia muitas famílias morando em espaços precários) e das pessoas que moravam nas chácaras dentro do parque Veredinha, Área de Preservação Ambiental. Caso sobrassem lotes, entrariam outras pessoas de Brazlândia, que tem um cadastro antigo feito pela administração, para a lista de distribuição de lotes.
O governador José Roberto Arruda esteve presente nos lotes da quadra 55 e informou aos/as moradores/as que iriam ser removidos/as para as quadras 34 e 44. Houve tumulto e confusão. 49 famílias não foram contempladas e tiveram seus pertences levados por pessoas vinculadas ao governo (SUDESA, Secretaria de Segurança Pública do DF). As famílias foram, em seguida, acompanhando o caminhão para tentar reaver seus pertences.

Neste momento ocorreram agressões, justificadas pelos policiais pelo fato de que as famílias queriam pegar alguns utensílios em cima do caminhão. A cena de atrocidades ficou ainda mais gravosa quando uma moça, mãe de 7 filhos, quis pegar o carrinho de seu bebê de 1 mês, e neste momento os policiais agrediram a ambos. Logo após a policia sumiu com o caminhão, junto com o pessoal do governo que estava sendo responsável por tirar as coisas das famílias. Nesta hora elas deram adeus as suas coisas já que depois disso nunca mais viram seus pertences. Estão inclusive precisando de doações de roupas, calçados e alimentação.

No local onde as mulheres foram levadas após o desalojo de seus barracos, cortaram a água e a luz para pressioná-las a sair. Este tratamento deve-se ao fato de que no dia seguinte a comissão do Arruda faria uma solenidade no local e portanto não queriam deparar com essas pessoas lá. Estas pessoas foram parar lá por que elas não tinham aonde ir. As estratégias do GDF e da administração de Brazlândia é ficar empurrando-as como pingue-pongue até que elas desistam da mobilização pelo direito a moradia.

A imprensa que chega ao local é contratada pelo GDF, nem a mídia corporativa está mais freqüentando o local. Muitas famílias se queixam que no momento em que os policiais agrediram a mulher com seu filho de 1 mês, a mídia corporativa filmou mas não colocou na televisão. Estão em estado de isolamento midiático pela própria distância geográfica e econômica do centro do DF e portanto ninguém fica sabendo o que está acontecendo lá. Esta é claramente uma forma de isolar estas pessoas, de forma que ninguém dê apoio e para que ninguém fique sabendo das maracutáias que a Administração de Brazlândia está fazendo junto com o GDF.

Estas famílias que não receberam os seus lotes, são a prova de que há maracutáia. Há pessoas de fora da comunidade que estão recebendo os lotes que seriam destinados as famílias de baixa renda, segundo o PDOT.
Estas 49 famílias estão com medo, pois denunciaram que havia ?peixes? da administração pegando os lotes que eram destinados para as famílias da quadra 55, de baixa renda. Muitos lotes foram direcionados para comerciantes e até mesmo empresários, e as pessoas de baixa renda ficaram com medo de sofrer retaliação por parte destas pessoas. Estas pessoas, que não tem relação com a comunidade de Brazlândia, estão ganhando os lotes enquanto as pessoas da comunidade estão morando de aluguel ou de favor. Segundo um morador, o Administrador é um empresário, dono da rede Pra Você que tem mercado por todo DF. Ele financiou a campanha do Arruda em Brazlândia e de acordo com moradores faz cartel de alimentos dentro da cidade.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Brazlândia: média salarial abaixo do mínimo...

Trabalhadores de quatro cidades do DF ganham abaixo do salário mínimo

Na cidade com maior renda per capita do país, os moradores de quatro regiões administrativas têm rendimento médio abaixo do salário mínimo. Os trabalhadores de Paranoá, Recanto das Emas, Santa Maria e Brazlândia ganham salários que não chegam ao valor mínimo previsto pela Constituição Federal para suprir as necessidades básicas do brasileiro. Na outra ponta, cada pessoa do Lago Sul em idade ativa ganha, em média, o equivalente a 7,4 salários mínimos, ou R$ 3 mil. Nas asas Sul e Norte a renda chega a sete salários, e no Lago Norte, a seis. O levantamento faz parte de um estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), levantada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O diagnóstico da diferença de renda e dos setores de atuação e as projeções do que mudaria com reajustes salariais nas camadas mais pobres encerra uma série de matérias publicadas pelo Correio há quatro semanas com o objetivo de apresentar uma radiografia do nível de desigualdade registrado na capital federal. Quando se considera apenas o rendimento oriundo do trabalho, o Distrito Federal é palco da pior distribuição do país. Levando em consideração toda a renda, a unidade da federação aparece em segundo lugar no ranking, atrás apenas do Piauí. “Brasília tem um mercado de trabalho singular. De um lado os funcionários do setor público, com alta escolaridade e altos salários, que puxam a média para cima. Do outro lado, os trabalhadores menos qualificados que migram para Brasília em busca de melhores condições de vida. O fluxo migratório é constante e já ocorre há muitos anos e ele ajuda a agravar o nível de desigualdade”, afirma o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos.

Nascimento
Muitas das cidades do DF foram criadas para atender as necessidades das regiões próximas. Um exemplo é o caso do Paranoá, afirma o coordenador do estudo, o técnico do Dieese, Antônio Ibarra. “A cidade foi surgindo para abrigar as pessoas que queriam trabalhar nas casas do Lago Sul. Por isso a renda é tão baixa. A maior parte dos moradores são empregados domésticos e trabalhadores da construção civil”, afirma. A renda média de cada trabalhador da região é de apenas 80% do salário mínimo, ou seja, R$ 332. Com vizinhos ganhando tão pouco fica difícil para a autônoma Maria Rejane da Silva, de 47 anos, ter um bom desempenho nos seus negócios. Há cinco anos ela abriu uma espécie de lanchonete na porta de sua casa para vender lanches, doces e balas. O negócio não lhe garante um salário mínimo todos os meses, apenas em alguns deles. Nos últimos dias o desempenho está ainda pior, segundo ela. “Desde o fim de setembro as vendas pioraram. As pessoas estão sem dinheiro e pelo que estou vendo na televisão ainda vai piorar mais”, afirma, se referindo à crise financeira internacional e suas conseqüências na economia real.

A situação econômica da região é tão difícil que Rejane não consegue emplacar um outro projeto que pensou para elevar sua renda. Há um mês ela começou a vender marmitas, mas o negócio só funciona aos domingos. Isso porque, de segunda a sexta-feira ela enfrenta a concorrência do restaurante comunitário que serve refeições a R$ 1. “Decidi vender marmitas porque o dinheiro não estava dando para nada. Vendo só nos domingos porque acho que as pessoas não vão querer pagar R$ 4 se podem pagar só R$ 1”, conta. Em suas contas mensais, entram as contas de água, luz, telefone e de comida para alimentar ainda os dois filhos que dividem com ela a casa de cinco cômodos. Apenas um dos filhos trabalha, fazendo bicos de ajudante de pedreiro.

Prioridade
Além do Paranoá, os moradores do Recanto das Emas também vivem com apenas R$ 332 por trabalhador. Em Santa Maria e em Brazlândia, a renda média sobe para R$ 373,50. Os recursos mal dão para comprar comida. Segundo dados do Dieese, a cesta básica brasiliense, que reúne 13 alimentos considerados essenciais, vale R$ 221. Para essas pessoas, a prioridade realmente é comer, como analisa o especialista em finanças pessoais, o economista Marcos Crivelaro. “O foco dessas pessoas é conseguir comer. E para garantir que o dinheiro dará para alimentar os filhos, têm que abrir mão de muitos itens e comer só o essencial. Raramente conseguem fazer mais de duas refeições num dia”, afirma.

Quando eleva um pouco a renda, segundo ele, as pessoas podem começar a consumir. E foi este o movimento sentido pela economia brasileira nos últimos meses, que levou a baixa renda a se endividar para comprar bens financiados em longos prazos. Vivem nessa situação, com salários pouco acima do salário mínimo, os moradores de Planaltina, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo e Candangolândia, que ganham menos de um salário mínimo e meio. “Seduzidos pela indústria do consumo, as pessoas comem e o resto gastam para comprar bens. Há essa cultura de que se a prestação cabe no orçamento, então deve comprar o produto. É este pensamento que leva pessoas que mal têm o que comer a comprarem um celular”, completa Crivelaro. No DF há mais de um aparelho celular por habitante, segundo estatísticas do setor.

O MAPA DA RENDA
A diferença de renda entre os moradores do Distrito Federal

Região administrativa - Renda média per capita por mês (em salários mínimos)

Brasília 7,0
Gama 1,6
Taguatinga 2,4
Brazlândia 0,9
Sobradinho 2,2
Planaltina 1,1
Paranoá 0,8
Núcleo Bandeirante 3,0
Ceilândia 1,2
Guará 3,5
Cruzeiro 5,8
Samambaia 1,2
Santa Maria 0,9
São Sebastião 1,6
Recanto das Emas 0,8
Lago Sul 7,4
Riacho Fundo 1,2
Lago Norte 6,0
Candangolândia 1,3
Total 2,2

EFEITO IMEDIATO
Nas cidades mais pobres do DF, qualquer reajuste salarial tem impacto na variação da renda da cidade. Quanto aumentaria o volume de recursos que circula na cidade se os salários aumentassem

Valor do incremento no salário mensal R$ 5 R$ 20 R$ 50 R$ 100
Brazlândia 1,3% 5,2% 13,1% 26,2%
Paranoá 1,5% 6,1% 15,3% 30,6%
Ceilândia 1,0% 4,2% 10,4% 20,8%
Samambaia 1,0% 4,1% 10,3% 20,6%
Santa Maria 1,4% 5,7% 14,4% 28,7%
São Sebastião 0,8% 3,3% 8,2% 16,3%
Recanto das Emas 1,7% 6,6% 16,6% 33,1%

Fonte: estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego.

Mariana Flores- Correio Braziliense

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Brazlândia abandonada: descaso do poder público

Nossa cidade com uma história de mais de um século de vida ainda não conseguiu obter dignidade. Nossas festas populares como a festa do divino, foram se extinguindo com a massificação da cultura. Foram importadas festas estranhas ao povo do lugar, como as festas country entre outras, deixando de lado os marcos culturais da cidade, abrindo mão do seu museu de arte e cultura local para dar lugar à sede do CDT e de uma associação chamada ADESB - Associação de Desenvolvimento "Sustentável (?)" de Brazlândia.

A cidade sofre hoje com o crescimento desorganizado, com assentamentos irregulares levando à favelização da cidade. As pessoas que habitam esses lugares vivem em condições precárias, sem linhas de ônibus, asfaltamento, tratamento de águas pluviais, segurança, posto de saúde próximo e escolas para os jovens e adultos.


Com o aumento populacional desorganizado, o ambiente natural se compromete a cada dia - as nascentes estão secando, regiões rurais estão se tornando urbanas o que leva, na maioria das vezes a um mau uso dos recursos hídrícos locais - fazendo captação de água irregular diminuindo a vazão dos rios e córregos locais, além da poluição despejada.

A falta de políticas públicas que levem em conta a necessidade tanto das pessoas (comunidade) quanto do ambiente natural é fator agravante da situação. Além disso, o coronelismo ainda se faz presente, em formas mais modernas de dominação. O poderio econômico de pequenos grupos locais se fez sentir no jogo político do Distrito Federal possibilitando que fosse indicado à adminsitração da cidade uma pessoa que efetivamente não possui condições para mediar as necessidades da comunidade e do ambiente natural frente às pressões de grilagem de terra e especulação imobiliária. Sua indicação foi barganha política de votos durante a eleição para o governo do Distrito Federal - a política do "toma-lá-dá-cá".

Por hoje ficamos por aqui...

Lembrando que estamos na luta pela construção da cidadania, pela preservação do Cerrado Brasileiro e por um mundo mais justo!