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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Prato de palmeiras

Tudo começou com os pratinhos que ganhei da Fernanda, doblog Chucrute com Salsicha, quando ela esteve no Brasil. Ela me explicou que era de uma empresa de Nova Iorque, aVerterra, que vendia estes pratinhos descartáveis feitos na Índia com folhas caídas de palmeiras. Sem uso de produtos químicos, são totalmente biodegradáveis, de produção sustentável e não agridem o meio ambiente já que são usadas apenas as folhas caídas.
Tanto Fernanda quanto eu concordamos que além de lindos e corretos não são tão descartáveis assim. Basta ter cuidado para não deixar muita umidade e secar rapidamente que são até que duráveis. Já lavei os meus várias vezes. Ele deforma um pouco com a umidade, mas tudo bem. E se tiverem que ir para o lixo depois de uma festa, que vão sem nos deixar com culpas. São ótimos para alimentos secos ou só um pouco úmidos, ideais para piqueniques.
Já fiquei imaginando aqueles pratinhos horrorosos de plásticoou isopor substituídos por estes muito mais elegantes e ecológicos. E lembrando das tantas utilidades das palmeiras (arecas, sycas). As folhas de algumas são usadas para cobrir casas, de outras, para fazer rolhas e caixinhas de doce, sem falar das amêndoas e das polpas comestíveis e dos óleos e farinhas, dos amidos (sagu), dos açúcares (palm sugar) etc.
Desde este dia fiquei de olho em todas as folhas de palmeiras caídas - na verdade, só as bainhas são usadas. Não sosseguei até que consegui produzir meus próprios pratinhos, com cores mais outonais e verniz próprio da espécie, que já estreiaram no piquenique de domingo servindo de suporte e até quipá na brincadeira das crianças. 
Não foi difícil coletar as bainhas, que caem espontaneamente das palmeiras à medida que envelhecem e são vistas facilmente nas calçadas - as minhas vieram da calçada da vizinha Rose. Aí foi só encontrar meu próprio jeito de fazer, como se vê abaixo. Quem sabe não se anima também.
Se já estiverem alaranjadas, prontas pra cair, pode também dar uma ajuda.
Leve-as ao tanque e lave uma a uma com escova de cerdas firmes.
As folhas úmidas ficam bastante flexíveis - use um molde para riscar no formato que quiser - como vamos ter que usar uma tigela como molde, é melhor que seja redondo. Risque com uma ponta seca ou caneta

 São fáceis de cortar com tesoura.
Agora basta ferver em água por 10 minutos para esterilizar.

Com esta parte mais dura você pode esculpir uma colher usando uma faca. Também muito fácil.
Tentei vários moldes, pois a ideia é deixar que os pratos sequem sob pressão para que mantenham o formato depois de secos ao sol. Este método, usando várias tigelinhas e um apoio por cima não funcionou porque é difícil de secar. Veja o que fiz para dar uma curvatura à colher - este jeito funcionou. 
O melhor método foi este. As folhas foram moldadas individualmente em pequenas tigelas, pressionando com pedras, que embrulhei com plástico para não precisar lavar. Pode ser algo parecido. Vale o improviso. O ideal seria uma prensa de ferro como a empresa Verterra usa. 
Argolona para guardanapo e argolinhas para enfeitar a colher.

POSTADO POR NEIDE RIGO em http://come-se.blogspot.com.

Micro-Usinas Sem Represas: alternativa sustentável para Belo Monte

O plano de construir a Usina Hidorelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, Pará causa controvérsias pelo seu impacto sócio-ecológico. A área atiginda pela barragem cobriria cerca de 500 km2, inundado um ecossistema único e tirando meios de subsistências para as populações indígenas e cabocla que habitam a região.  Por outro lado os 26 milhões de habitantes do Norte e Meio-Norte brasileiro seriam beneficiados pela rede elétrica. Grandes corporações como a Vale do Rio Doce, que detém concessão extrativa na província mineral do Carajás, é um das que vão lucrar com a eletricidade gerada em Belo Monte.
Recentemente o diretor de cinema James Cameron, cujo filme Avatar aborda confrontos cultural e ambiental, reuniu com liderança indígenas do Xingu para chamar atenção à causa da população nativa.
Os Kayapós locais vivem de caça, pesca, coleta de raízes e frutas e pequenas roças. Para garantir sua sobrevivência são necessárias migrações períodicas, assim a noção de territorialidade kayapó é distinta da sociedade ocidental. O modo de vida tradicional  Kayapó funciona muito bem sem o uso de energia elétrica. Desalojá-los para uma reserva indígenas, ou simplesmente idenizá-los com dinheiro de branco, provocaria um etnocídio.
Há outras maneiras de aproveitar a energia hidráulica das bacias Xingu-Amazônica. Ao invés de construir mega-usinas poderia aproveitar a corrente, ondas e marés dos rios (que são verdadeiros mares pelo volume de água) e da região costeira como fontes energéticas através de várias micro-usinas sem represas.
Similares aos moinhos de vento das usinas eólicas, as turbinas axiais diferem das hidroelétricas convencionais por sua posição em uma coluna vertical e não precisar de represamento de água. Há também projetos de turbinas flutuantes e geradores lineares. Uma vantagem de ter várias usinas pequenas estrategicamente distribuídas pela amazônia seria poupar as perdas de transmissão, instalando-as próximos dos locais de consumo.
Além do rio o mar também é fonte energética. Estrategicamente localizada no equador, a área entre a delta do Amazonas até São Luís do Maranhão possui a maior amplitude de marés de toda costa atlântica das Américas: são 90 cm. Energia maremotriz que poderia ser aproveitada com impacto ecológico menor e sem precisar interroper a vida das pessoas. E os custos de construção são bem reduzidos.
Por já existir a tecnologia, os custos serem menores, os impactos sociais e ambientais reduzidos a implantação de micro-usinas sem represas talvez seja a única solução viável. É uma proposta válida de ser considerada.

E o PAC continua a destruir.



O Presidente do IBAMA se demitiu ontem devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. 

A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas. 

A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar.Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas: 

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl 

Abelardo Bayama Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúnciacausada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte. 

A Eletronorte, empresa que mais irá lucrar com Belo Monte, está demandando que o IBAMA libere a licença ambiental para começar as obras mesmo com o projeto apresentando graves irregularidades. Porém, em uma democracia, os interesses financeiros não podem passar por cima das proteções ambientais legais – ao menos não sem comprarem uma briga. 

A hidrelétrica iria inundar 100.000 hectares da floresta, impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40.000 pessoas, incluindo comunidades indígenas de várias etnias que dependem do Xingu para sua sobrevivência. O projeto de R$30 bilhões é tão economicamente arriscado que o governo precisou usar fundos de pensão e financiamento público para pagar a maior parte do investimento. Apesar de ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, ela seria a menos produtiva, gerando apenas 10% da sua capacidade no período da seca, de julho a outubro. 

Os defensores da barragem justificam o projeto dizendo que ele irá suprir as demandas de energia do Brasil. Porém, uma fonte de energia muito maior, mais ecológica e barata está disponível: a eficiência energética. Um estudo do WWF demonstra que somente a eficiência poderia economizar o equivalente a 14 Belo Montes até 2020. Todos se beneficiariam de um planejamento genuinamente verde, ao invés de poucas empresas e empreiteiras. Porém, são as empreiteiras que contratam lobistas e tem força política – a não ser claro, que um número suficiente de nós da sociedade, nos dispormos a erguer nossas vozes e nos mobilizar. 

A construção de Belo Monte pode começar ainda em fevereiro.O Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, diz que a próxima licença será aprovada em breve, portanto temos pouco tempo para parar Belo Monte antes que as escavadeiras comecem a trabalhar. Vamos desafiar a Dilma no seu primeiro mês na presidência, com um chamado ensurdecedor para ela fazer a coisa certa: parar Belo Monte, assine agora: 

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl 

Acreditamos em um Brasil do futuro, que trará progresso nas negociações climáticas e que irá unir países do norte e do sul, se tornando um mediador de bom senso e esperança na política global. Agora, esta esperança será depositada na Presidente Dilma. Vamos desafiá-la a rejeitar Belo Monte e buscar um caminho melhor. Nós a convidamos a honrar esta oportunidade, criando um futuro para todos nos, desde as tribos do Xingu às crianças dos centros urbanos, o qual todos nós podemos ter orgulho. 

Com esperança 

Ben, Graziela, Alice, Ricken, Rewan e toda a equipe da Avaaz 

Fontes: 

Belo Monte derruba presidente do Ibama:
http://colunas.epoca.globo.com/politico/2011/01/12/belo-monte-derruba-presidente-do-ibama/ 

Belo Monte será hidrelétrica menos produtiva e mais cara, dizem técnicos:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/04/belo-monte-sera-hidreletrica-menos-produtiva-e-mais-cara-dizem-tecnicos.html 

Vídeo sobre impacto de Belo Monte: 
http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E 



O Presidente do IBAMA se demitiu ontem sob forte pressão para permitir a construção do desastroso Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, que iria devastar uma área imensa da Amazônia e expulsar milhares de pessoas. Proteja a Amazônia seus povos e suas espécies -- assine a petição para Presidente Dilma contra a barragem e pedindo eficiência energética: 

Assine a petição!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O CLIMA NO MUNDO DA LUA

Você tem acompanhado que as erosões de regiões costeiras em quase todos os continentes, a salinização dos lençóis freáticos próximos aos oceanos, a inversão do curso de alguns rios que deságuam em mares, o acelerado derretimento das calotas polares e outros cenários improváveis. O que resvalava na ficção, hoje atropela a realidade.
Por isso, a ONU tem realizados inúmeras conferências sobre o clima. Cancún (México), chamada de COP-16, e que terminou neste último dia 11, foi uma delas.
Até agora, só há um consenso sobre o clima: ou o aquecimento global não ultrapassa 2ºC acima das temperaturas médias da Terra, ou a vida tal qual a conhecemos entrará em uma espiral descendente, como a água que desce por um ralo de pia, cujo fim é o colapso.
Apesar desta alucinante previsão, o mundo pós Cancún amanheceu emitindo os mesmos 9 bilhões de toneladas de gás carbônico a mais do que deveria. E assim vai continuar, já que esta Conferência só estabeleceu que, apenas entre os anos 2013 e 2015 é que serão realizadas as revisões das metas de longo prazo na redução das emissões de gases de efeito estufa no mundo.
E, talvez para não ter um ocaso cômico, a Cúpula anunciou duas medidas, que não chegam a riscar a epiderme do problema: compensar países tropicais que reduzirem seu desmatamento, e um Fundo Verde do Clima, que irá financiar países em desenvolvimento em suas ações de combate às mudanças climáticas (então, elas existem!) e ações de adaptação a elas. Este fundo, que dificilmente chegará ao Brasil, poderá aportar 100 bilhões de dólares, até o ano de 2020.

Contudo, é necessário perguntar:

Houve propostas concretas de novas metas de redução de gases estufa? Não!

Houve encaminhamentos adequados para que se mantenha o aquecimento global abaixo dos seguros 2º C? Não!

Os Estados Unidos, país que emite o maior quinhão destes gases que aquecem a Terra, estabeleceram alguma meta para reduzir suas próprias emissões? Não!

Foi acordado a sequência ao já combalido Protocolo de Kyoto? Não!Era apenas isso o que Cancún deveria ter decidido e não o fez. Por isso, a COP-16, a exemplo do que já havia sido a COP-15 em Copenhague não foi, nem de longe, o que poderíamos chamar de sucesso. Não é a toa que o Resort Moon Palace (Palácio da Lua), local da Conferência, foi logo apelidado de Mundo da Lua. 


E ninguém contestou.

Luiz Eduardo Cheida

sábado, 11 de dezembro de 2010

Encontro sobre Agrobiodiversidade denuncia ameaça dos transgênicos e mineração no Norte de Minas


O 5º Encontro Norte Mineiro de Agrobiodiversidade reuniu no município de Rio Pardo de Minas, entre os dias 02 e 04 de dezembro de 2010, cerca de 300 participantes, incluindo representantes indígenas Xakriabá, quilombolas, geraizeiros, caatingueiros, vazanteiros, agroextrativistas, acampados, assentados, pesquisadores, professores universitários, militantes dos movimentos sociais e eclesiais, procedentes de 27 municípios do Norte de Minas. A programação incluiu debates e oficinas acerca da relação da Agrobiodiversidade com os territórios das comunidades tradicionais, com as políticas publicas para a Soberania e Segurança Alimentar, e o Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura.
O primeiro dia foi dedicado à reflexão e debate do temário central, intitulado “Agrobiodiversidade: abordagens para a retomada dos territórios tradicionais, com a participação de agricultores familiares, representantes do Ministério do Meio Ambiente, da Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, pesquisadores da Embrapa e professores universitários. Já na sexta feira, foram realizadasvisitas de intercâmbios de experiências. Os participantes conheceram experiências de luta pela reapropriação de territórios, reconversão agroecologica e sistemas agroflorestais, pesquisas e desenvolvimento da agricultura familiar, políticas públicas de abastecimento e organização da produção; reserva extrativista; uso indiscriminado dos agrotóxico e transgênicos e mulheres e agrobiodiversidade.
Ainda na sexta-feira, durante a noite cultural, os povos e comunidades tradicionais apresentaram suas manifestações culturais. Os quilombolas de Brejo dos Crioulos e Gurutuba e os índios Xakriabá apresentaram suas danças tradicionais, herdadas por seus ancestrais. Os geraizeiros cantaram Folia de Reis, danças de roda e catira. O grupo teatral Pirraça em Praça do município de Fruta de Leite apresentou um espetáculo sobre a história de Zumbi dos Palmares e a criação dos quilombos. O Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM, por ocasião dos seus 25 anos de história, homenageou os guardiões da agrobiodiversidade e parceiros, entregando uma placa comemorativa.
Para Antônia Antunes, quilombola do Gurutuba, o encontro foi uma rica oportunidade de fortalecer a luta das comunidades tradicionais. “Ficou mais forte que a nossa luta é uma só, que a gente luta pelo território, que é onde a gente planta pra sobreviver e onde a gente mantém viva a nossa cultura”, relata. Edson Lucas Quintiliano, jovem diretor do STR de Porteirinha avalia que o encontro contribuiu na articulação da juventude e na motivação para inserir de forma mais articulada no debate regional. “ A participação dos jovens num encontro como esses faz com que eles reflitam sobre a realidade do mundo, e se sintam peças importantes para atuar e serem ativos nas lutas em que os movimentos sociais estão inseridos (os desmatamentos, os trangenicos, o eucalipto, mineradoras)” reforça.
Carta de Rio Pardo de Minas - No sábado, o evento finalizou com a realização da 5ª Feira da Agrobiodiversidade onde os agricultores e agricultoras trocaram sementes e produtos. No encerramento, foi lida a Carta de Rio Pardo de Minas, que aborda as preocupações, denúncias e propostas dos participantes, dentre elas, as novas tecnologias do agronegócio. Segundo a Carta, essas tecnologias associadas ao uso desenfreado de monoculturas, agroquímicos (venenos), maquinaria pesada, e agora, com o ufanismo pela chegada de empresas mineradoras, compromete irremediavelmente os ecossistemas regionais e os recursos hídricos.
Os participantes também denunciaram a irresponsabilidade dos governantes. Atendendo a interesses de empresas e grandes conglomerados econômicos, o uso de sementes transgênicas avança no Norte de Minas, onde hoje já é fácil de encontrar sementes de milho transgênico ou do algodão transgênico em diversas lojas e mercados de Montes Claros, Porteirinha, Jaíba e Janaúba. Muitas famílias de agricultores estão sendo seduzidas e incentivadas a utilizarem essas sementes com promessas de alta produtividade e resistência ao ataque de pragas. O uso dessas sementes podem comprometer a qualidade de variedades tradicionais de sementes de milho e algodão, muitas delas com uma longa história de adaptação ao clima, solos, e diversas formas de estresses ambientais.
Os agricultores também apresentaram propostas e reivindicações, que seguem abaixo:


- Que seja aprovada legislação que resguarde as comunidades tradicionais da contaminação de transgênicos;


- Que se crie uma legislação que limite o plantio de monoculturas, especialmente o eucalipto, e que as cabeceiras das nascentes sejam preservadas garantindo o uso sustentável dos recursos extrativistas;


- Que haja disponibilidade de recursos dos governos federal e estadual para viabilizar intercâmbios de experiências entre os agricultores e comunidades tradicionais tendo os agricultores como agentes multiplicadores;


- Que sejam criadas oportunidades que estimulem a inserção dos jovens nas atividades produtivas das comunidades para que tenham orgulho de serem agricultores;


- Regularização das terras das comunidades tradicionais garantindo a participação dos agricultores no processo de demarcação;


- Que o Governo Federal finalize os processos de criação de RESEX no Norte de Minas, particularmente a RESEX Areião / Vale do Guará e a RESEX Tamanduá;


- Que o governo do Estado de Minas Gerais priorize a criação de unidades de conservação de uso sustentável em lugar dos parques estaduais;


- Que os governos apóiem a constituição de redes de comercialização entre associações e cooperativas da agricultura familiar e extrativistas para ocupar espaços no mercado institucional e outras modalidades de comercialização;


- Que seja implementado o Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura com a participação direta e igualitária dos agricultores familiares e suas organizações.


- Que a isenção do ICMS aplicado para os produtos do Programa Fome Zero seja estendida para todos os produtos processados por associações e cooperativas da agricultura familiar;


- Que sejam incrementados recursos para o PAA e que no PAA Doação de Sementes se inclua também a doação de mudas e ramas;


- Que os governos criem programas de apoio especialmente para estruturar melhor as unidades de processamento de alimentos de associações e cooperativas visando melhorar e qualificar os produtos do mercado institucional;


Finalmente, que o Norte de Minas seja declarado Região Livre de Transgênicos garantindo a preservação da imensa diversidade de sementes e variedades tradicionais ainda presentes em nossas comunidades.
O V Encontro Norte Mineiro da Agrobiodiversidade foi coordenado pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM e pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas e realizado com o apoio da Rede Norte-Mineira de Sementes Crioulas.




*Helen Borborema e **Helen Santa Rosa

* Comunicadora Popular da ASA/MG e STR de Porteirinha

** Comunicadora Popular do CAA/NM



domingo, 15 de agosto de 2010

Recursos hídricos e biodiversidade a serviço do agronegócio.


Alguém ficou sabendo dessa pseuda reunião do Conselho da APA Pouso Alto??

Olha que jogada mais sem-vergonha e que tem que ser repudiada imediatamente por
nós!
A informação é nada menos do que do Portal do Agronegócio, com mais informações
a serem prestadas por quem? Pela Secretaria da Agricultura de Goiás. E o local
da reunião, advinhem? Acertou quem disse São João D'Aliança!! Não podemos deixar
isso acontecer, todos já sabemos o que os ruralistas querem fazer na Chapada.
São os mesmos caras dos sindicatos que bancaram a reforma do Código Florestal!!


Conselho da APA de Pouso Alto se reúne essa semana

Acontece na próxima quinta-feira, dia 29 de julho, a I Reunião do Conselho da

Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto. O encontro será realizado no
auditório da Câmara dos Vereadores em São João d’Aliança a partir das 14h. A
reunião tem como objetivo discutir a reestruturação do conselho e retomar as
atividades.

Também será abordada a escolha dos nomes representantes de cada cidade membro do

conselho da APA. Fazem parte do conselho Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante,
Teresina de Goiás, Colinas do Sul, São João d’Aliança e Nova Roma, municípios
compreendidos na região de Pouso Alto. Serão escolhidos por cidade um
representante do executivo, indicado pelo prefeito, um representante do
legislativo, um representante do conselho rural ou comercial e uma ONG indicada
pelas outras ONGs do município.

A APA de Pouso Alto foi criada com o objetivo de promover a preservação da

região de Pouso Alto, localizada na Chapada dos Veadeiros, e também providenciar
todo o cuidado especial que a área necessita. Técnicos da Emater e Seagro vão
está presente ao evento.

Mais informações: www.seagro.go. gov.br e (62) 3201 8905.


FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO


Enviado por: "Álvaro De Angelis" alvarodeangelis@yahoo.com.br  

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pesquisa revelará ações de tribunais na área ambiental


Os tribunais brasileiros começarão a receber, em setembro, a segunda edição do Questionário Socioambiental do Poder Judiciário. A pesquisa é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de medir e avaliar o envolvimento do Judiciário na adoção de políticas públicas para a formação de um ambiente ecologicamente equilibrado, além da conscientização de servidores e jurisdicionados sobre o tema, conforme a Recomendação 11/2007 do CNJ.
BRASÍLIA - Tribunais têm até esta sexta-feira (23) par...
CNJ irá avaliar Judiciário brasileiro na atuação ambiental
Os 90 tribunais a única exceção é o Supremo Tribunal Federal terão, em princípio, 30 dias, prorrogáveis por igual período, para responder às perguntas. Entre elas, há questões sobre a existência de comissões socioambientais, a realização de eventos relacionados ao tema, trabalhos de conscientização de servidores e promoção de ações para o público externo. Com a resposta aos questionários, o CNJ quer construir documento que desmistifique o tema e reconheça a atuação diferenciada e os projetos de vários tribunais no Brasil. O trabalho deve ser concluído no final deste ano. 
Nessa segunda pesquisa, o DPJ vai incluir questões ligadas à acessibilidade, fruto da Recomendação 27/2009 do CNJ, que propõe a remoção de barreiras para promover o acesso de deficientes físicos aos tribunais; à Resolução 114/2010, na qual o Conselho orienta sobre obras e reformas de prédios, incluindo a preocupação socioambiental, e à Meta 6 do Judiciário, que visa reduzir a pelo menos 2% o consumo per capita com energia, telefone, papel, água e combustível, tendo como referência o ano de 2009 (com exceção da Justiça Eleitoral, que tem como referência o ano de 2006).
O questionário é uma das ações do Programa de Gestão Socioambiental do Conselho, coordenado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias, responsável pela execução da pesquisa. Não é uma ação isolada, explica o diretor técnico do Departamento, Fábio Mirto. Junto com programas como Mutirão Carcerário, Começar de Novo, incentivo à criação dos Juizados Especiais para atender à Lei Maria da Penha, a preocupação ambiental faz parte de uma nova perspectiva de responsabilidade social que o CNJ está trazendo para o Poder Judiciário. Estamos dizendo à sociedade que o Conselho se preocupa com questões socioambientais.
Adesão - O diretor do DPJ cita o exemplo positivo do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que, por intermédio do seu programa EcoJus e o apoio do CNJ, realizou durante a Semana Internacional do Meio Ambiente, no mês passado, a 1ª Semana Interinstitucional do Meio Ambiente, uma ação de responsabilidade socioambiental inovadora de integração do Judiciário local, envolvendo além da justiça federal, as justiças do trabalho, estadual, eleitoral e militar, além de outros órgãos, como Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

Fonte: Agência CNJ de Notícias