segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Distrito Federal pode ser território livre de agrotóxicos

Integrantes do Comitê do Distrito Federal da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida reuniram-se, na última segunda-feira (17/10), com membros da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo distrital para discutir o apoio à realização de atividades promovidas pela campanha e uma pauta política sobre agricultura orientada pelos movimentos sociais do campo.

Cerca de 20 propostas envolvendo ações de fortalecimento da agricultura camponesa e da transição agroecológica, a questão ambiental na educação formal, a comercialização de produtos orgânicos, o fim da pulverização aérea no Distrito Federal, o monitoramento de resíduos em alimentos e o Fim da Isenção Fiscal, entre outras, foram apresentadas aos representantes da administração local.

Március Crispim, integrante da coordenação do comitê, avalia positivamente o encontro. “Embora este tenha sido o primeiro contato, de apresentação da pauta, eles se comprometeram a dar retorno em dez dias sobre próximos passos do diálogo. Alguns pontos, como o monitoramento de alimentos do CEASA, disseram que já estão sendo encaminhados. Foi dito também que buscarão conexão entre as secretarias para responder a pauta e reforçada a necessidade de construção de um espaço permanente de diálogo entre governo e movimentos sociais do tema agrário”, comenta.

Crispim acredita ser possível avançar na construção de políticas públicas no que se refere aos agrotóxicos no Distrito Federal. “Queremos estabelecer o DF como um território livre de venenos agrícolas e onde efetivamente se coloque no âmbito das preocupações do Estado a transição no modelo de produção agropecuária, calcada na agricultura camponesa e na produção agroecológica. Para isso, é preciso atuar em três dimensões: na restrição à produção, uso, comercialização e aplicação de agrotóxicos, no incentivo governamental aos agricultores familiares e em uma política governamental de informação à população sobre o tema”, pontua.

Por parte do governo, além de integrantes da Secretaria de Agricultura, também participaram da reunião representantes da EMATER, do CEASA e da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do GDF. Entre as entidades da sociedade civil, estavam o Fórum pela Reforma Agrária e a CNASI .

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