terça-feira, 22 de junho de 2010

No DF temos lobo cuidando do galinheiro:


No Conselho de Meio Ambiente do Distrito Ferderal temos como um dos conselheiros deliberaritivo o SINDUSCON - DF (O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal). Será por acaso? 
São tantas coincidências:
  • Paulo Octávio (ex- vice governador, dono de cooporação da área de construção civil);
  • Liberação de condomínios pseudo- ecológicos;
A questão ambiental no DF, mas parece a galinha de ovos de ouro no interesse da especulação imobiliária das quadrilhas aqui implantadas.
O dinheiro corre solto.... e quem sae perdendo é o Cerrado com suas nascentes e o cidadão comum, que cada vez mais perde qualidade de vida, sendo expulso para os bolsões de pobreza na Capital Brasileira.



Emquanto não tivermos a participação popular engajada nestes conselhos a farra continuará solta...

Dados:

"Brasília é um país como Luxemburgo, dentro do Brasil

Dados do último levantamento do IBGE mostram que o PIB do Distrito Federal em 2007 foi de R$ 99,9 bilhões. Com esse resultado, se fosse um país, a capital brasileira estaria na 65ª posição no ranking mundial, à frente de nações como Paraguai, Uruguai e Bulgária e próximo a Luxemburgo e Eslovênia

Os indicadores econômicos de Brasília fogem da realidade brasileira. Com 2,3 milhões de habitantes, a cidade possui o maior PIB per capita do País: R$ 40.696, quase três vezes mais que a média nacional e muito além de cidades como São Paulo (com R$ 22.667) e Rio de Janeiro (R$ 19.245). O responsável por isso é a renda que vem do governo. No Judiciário, a média salarial é de R$ 15,5 mil, no Legislativo, de R$ 13,5 mil, e no Executivo, de R$ 4,5 mil. Além disso, há cerca de 200 embaixadas, consulados e órgãos multilaterais com representação na capital.
Com tanto dinheiro nas mãos da população, a cidade é apontada como a terceira capital com maior potencial de consumo no Brasil, segundo pesquisa da Consultoria Geografia de Mercado. O setor de comércio e serviços responde, anualmente, por um giro de R$ 16 bilhões na economia local.















Um dos exemplos dessa atração pelo capital foi a inauguração do shopping Iguatemi, no final de março, com um investimento de R$ 180 milhões. Resolvemos investir com base no poder aquisitivo e na localização da cidade, que atrai clientes do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, gente que prefere comprar em Brasília a ir até o Rio ou São Paulo, afirma Carlos Jereissatti Filho, presidente do grupo Iguatemi. Esperamos que a unidade de Brasília seja uma das três mais lucrativas do grupo. A previsão do Iguatemi é faturar R$ 250 milhões no primeiro ano de funcionamento.
Construção
Em parte explicada pela estabilidade no emprego dos 190 mil servidores públicos e militares e também pela escassez de terrenos disponíveis no centro da cidade, a construção civil é o setor que mais tem batido recordes de faturamento. Para se ter uma ideia da movimentação financeira, o setor Noroeste, novo bairro que está sendo construído nos limites do Plano Piloto, tem o metro quadrado mais caro do Brasil: cerca de R$ 18 mil em alguns terrenos.
Em Águas Claras, bairro voltado para a classe média a 20 quilômetros do centro de Brasília e que também está em construção, há 120 prédios de até 30 andares que destoam do horizonte plano da capital. Ali, o metro quadrado está avaliado em R$ 3 mil, mas há apartamentos que ultrapassam facilmente a casa dos R$ 500 mil
Mais que brasileiro, Deus é brasiliense, brinca Leonel Alves, diretor da corretora de imóveis Lopes Royal. Cerca de 70% de nossos clientes são funcionários públicos das classes A e B. Não temos do que reclamar.
Indústria
Para sustentar um mercado tão ávido, o setor industrial de Brasília tem crescido na mesma proporção que a cidade. No último levantamento feito pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), o setor já responde por 10% da economia brasiliense, sendo que a indústria de transformação tem registrado índices de crescimento de 10,2% ao ano.
Isso mostra a diversificação do setor industrial e da própria economia do DF, afirma Antônio Rocha, presidente da Fibra. Hoje, Brasília não é mais apenas serviços e construção civil. A atividade industrial propriamente dita começa a ocupar um espaço cada vez maior na nossa economia.
Lazer
Riqueza na terra e também na água. Segundo números da Delegacia Fluvial do Distrito Federal, Brasília tem a terceira maior frota de embarcações do País, atrás apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo, com cerca de 15 mil barcos. A cada mês, 45 novos modelos são licenciados para navegar no lago Paranoá, desde os mais modestos, de R$ 2,5 mil, às lanchas potentes, de mais de R$ 1 milhão.
Brasília também atende pelo nome de cidade verde. Segundo o Brasília Convention & Visitors Bureau, são 50 milhões de metros quadrados de área gramada e quatro milhões de árvores distribuídas no Plano Piloto. Isso quer dizer que a cidade reserva para cada morador 100 metros quadrados de área verde, que é o maior índice do Brasil e quatro vezes acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Brasília conta ainda com 64 parques. E mais de mil jardins floridos espalhados pela cidade.
Disparidade nacional
Mas se há verde, também há muitos carros. Justamente pelo alto poder aquisitivo, Brasília possui uma frota de 1,2 milhão de automóveis. Isso significa, segundo a Federação Nacional dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Fenabrave), um para cada 2,2 habitantes, enquanto a média nacional é de um para cada oito habitantes.
Na telefonia o quadro se repete. São 119 aparelhos celulares para cada 100 habitantes – e 96% dos domicílios possuem linha fixa. De acordo com o IBGE, 50% de todas as casas possuem pelo menos um computador. Esse índice é de 42% em São Paulo e de 40% em Santa Catarina.
Outra disparidade em relação ao restante do Brasil está na oferta de serviços públicos: 99,4% da população têm acesso a água encanada e esgoto tratado e 92% das residências possuem energia elétrica, além de 80% das áreas públicas serem iluminadas.
Indutor econômico
Graças à localização privilegiada, Brasília transborda sua função administrativa e cresce como um centro comercial e de integração econômica das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – que têm apresentado índices de desenvolvimento econômico acima da média – com o Sudeste e o Sul.
Pelo quadradinho encravado no Goiás, como os candangos costumavam chamar o DF, passam oito rodovias federais que interligam os quatro cantos do País. O terminal de cargas do aeroporto de Brasília é o sexto mais movimentado, duelando a quinta posição com o do Recife (PE). Grande parte do que é ali descarregado vem de cidades fronteiras que apostam no agronegócio.
A partir da construção de Brasília no final dos anos 50 observa-se a expansão agrícola que teve seu auge na década de 70, com a redescoberta do Cerrado, aponta a especialista em meio ambiente Anete Garcia Fiúza, da consultoria Bioencon. Brasília foi fundamental para levar desenvolvimento a toda essa região.




Gustavo Gantois, iG Brasília"
 

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