quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Incra decreta retirada da Monsanto de assentamento em MT


por Michelle Amaral da SilvaÚltima modificação 30/09/2008 15:04

A área foi comprada de forma ilegal pela empresa e era utilizada para a realização de experimentos com transgênicos. O Ministério Público e a Polícia Federal devem fazer com que a decisão se cumpra

A área foi comprada de forma ilegal pela empresa e era utilizada para a realização de experimentos com transgênicos. O Ministério Público e a Polícia Federal devem fazer com que a decisão se cumpra

30/09/2008


Juliano Domingues,

de São Paulo (Radioagência NP)


A empresa transnacional estadunidense Monsanto deverá se retirar de uma área equivalente a 26 campos de futebol, localizada dentro do assentamento de Reforma Agrária em Campo Verde (MT). A decisão foi tomada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A área foi comprada de forma ilegal pela empresa e era utilizada para a realização de experimentos com transgênicos. O Ministério Público e a Polícia Federal devem fazer com que a decisão se cumpra.


Para efetuar a compra, que se deu recentemente, a Monsanto utilizou uma empresa brasileira laranja chamada Agroeste Sementes. Segundo a coordenadora Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Itelvina Maria Maziolli, tudo indica que a Monsanto forjou um contrato de compra e venda para daí tomar posse da área.


“Na verdade é uma compra totalmente ilegal. Porque trata-se de um assentamento oficial, cujas terras estão sob o domínio do Incra, ou seja, são terras públicas. Então como que a Monsanto entra e adquire essa área para fazer experimentos com transgênicos?”


Itelvina adverte que o fato ocorrido em Campo Verde não é algo isolado. A empresa de mineração Onça Puma, de propriedade da Vale, comprou lotes de 83 famílias, nos assentamentos Campos Altos e Tucumã, nos municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu, próximas de jazidas de níquel, localizadas nas serras Onça e Puma, e proibiu as famílias de permanecerm na área.

Veja mais: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia

Nenhum comentário: