quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres Sem Terra ocupam fazenda em Planaltina e denunciam agrotóxicos

08/03/2012



Da Página do MST



Cerca de 600 trabalhadoras rurais Sem Terra ocuparam, na manhã desta quinta-feira (8/3), a fazenda Toca da Raposa, em Planaltina (DF), para reivindicar a destinação da área para assentamento e a aceleração do processo de Reforma Agrária.

A ação integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas 2012.

As camponesas denunciam que parte das terras da fazenda pertence à União e foi grilada pelo produtor de soja Mário Zanatta.

Em novembro de 2004, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu mais de meia tonelada de agrotóxico contrabandeado no local.

Na época, quando a fazenda foi ocupada pela primeira vez, o latifundiário tentou comprovar a posse de parte da área, mas a documentação apresentada foi considerada inválida pelos institutos responsáveis pelo levantamento da documentação.

Esta é a quinta vez que trabalhadores rurais ocupam a propriedade, que tem 1.200 hectares e fica na rodovia BR-020, que liga o DF à Bahia.

Código Florestal

As trabalhadoras rurais da Via Campesina do Distrito Federal participaram, pela manhã de quarta-feira, do ato contra a alteração ao Código Florestal, na Esplanada dos Ministérios.

A atividade reuniu cerca de 2 mil integrantes de organizações ambientalistas e movimentos camponeses para exigir da presidenta Dilma Rousseff que vete o texto a ser aprovado pelo Congresso Nacional na próxima semana.

Também compareceram ao ato os deputados Alfredo Sirkis (PV-RJ), Ivan Valente (Psol-SP) e Dionilso Marcon (PT-RS). A manifestação foi organizada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, composto por entidades como CNBB, CUT, OAB, Via Campesina, SOS Mata Atlântica, Greenpeace e WWF.

À tarde, as camponesas se uniram ao Comitê DF pela Libertação dos Cinco Cubanos e ao Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Cuba para protestar em frente à embaixada dos Estados Unidos e pedir a imediata libertação dos cidadãos da ilha presos injustamente há mais de 13 anos por denunciar a ação de organizações terroristas que atuam contra o povo cubano. Os manifestantes conseguiram entregar uma carta ao embaixador estadunidense Thomas Shannon. Leia abaixo o documento na íntegra.

Obama, liberte os cinco!

Há mais de 13 anos, cinco cidadãos cubanos foram presos, julgados e condenados nos Estados Unidos por crimes que não cometeram. Quatro deles ainda estão em prisões norte-americanas, em condições desumanas e até impedidos de receber visitas de parentes, e um foi libertado após cumprir sua pena, mas não pode deixar os Estados Unidos nos próximos três anos.

São eles: Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, René González e Ramón Labañino.

O que esses cinco cubanos fizeram nos Estados Unidos foi se infiltrar em organizações terroristas que atuam livremente no país, em especial na Flórida, com a conivência de autoridades do governo norte-americano. Essas organizações criminosas mataram, mutilaram e feriram centenas de cubanos e cidadãos de outros países com seus atos terroristas e seus dirigentes circulam livremente nos Estados Unidos.

Ao contrário da acusação que lhes foi feita, os cinco cubanos não são espiões e não conspiraram contra os Estados Unidos. A missão deles era justamente evitar que mais atos terroristas fossem cometidos contra Cuba a partir do território norte-americano. Há inúmeras aberrações jurídicas nos processos e nas condições carcerárias em que vivem. Não é um processo jurídico, é um processo político.

Para lutar pela libertação dos cinco cubanos antiterroristas, comitês têm sido constituídos em vários países, em diversas cidades e estados brasileiros. Em Brasília, 35 entidades sociais, sindicais, comunitárias e políticas constituíram em dezembro o Comitê Brasília pela Libertação dos Cinco.

O Comitê Brasília pela Libertação dos Cinco promoverá um ato pedindo às autoridades norte-americanas que libertem os cubanos presos. O presidente Barack Obama tem a prerrogativa de libertá-los, corrigindo a enorme injustiça que vem sendo cometida há mais de 13 anos.

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