quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Basf planeja explorar pré-sal no Brasil



A gigante alemã Basf tem planos ambiciosos para a América do Sul: quer
crescer a um ritmo de 8% ao ano até 2020, acima dos 6,5% projetados para
o mercado químico na região. E, para atingir essa meta, decidiu ampliar
a capacidade de produção de seus negócios tradicionais, como defensivos
agrícolas e tintas, e estuda sua entrada na área de exploração e
produção de petróleo no pré-sal. Queremos conversar com a Petrobras e
entender a tecnologia que será usada na extração de petróleo - confirmou
Alfred Hackenberger, que no dia 1º de maio assumiu a presidência da Basf
para a América do Sul.

_Empresa quer garantir acesso à matéria-prima_

Através da subsidiária Wintershall, a Basf já explora petróleo em águas
rasas e gás na Europa, na África e na Rússia. Também opera desde 1978 na
Argentina, onde detém as concessões de 15 poços. Em complemento, a
empresa produz ainda compostos químicos que ajudam a aumentar a vida
útil e a produtividade dos campos de petróleo. Já negociamos com a
Petrobras o fornecimento desses surfactantes - disse ele. É fácil
entender o interesse. A Wintershall tem respondido por fatias crescentes
do faturamento do grupo, na Europa. Além disso, a possível entrada no
pré-sal pode representar a garantia de acesso à matéria-prima, reduzindo
as compras de petróleo de terceiros. Segundo Hackenberger, o sucesso de
projetos como esse – novas chances em áreas sub-representadas – podem
levar a Basf a dobrar os investimentos na região.

_Investimento pode chegar a 500 milhões de euros_

A matriz já aprovou desembolso de 250 milhões de euros até 2014 – 80%
dos quais no Brasil, que responde por 70% da receita da empresa na
America do Sul. O executivo admite que o valor final poderia chegar a
500 milhões de euros, um recorde histórico. Entre os investimentos já
aprovados esta a construção de sua primeira fábrica de metilato de sódio
fora da Alemanha. Vai ficar em Guaratinguetá e começa a funcionar em
2011. Na área de tintas, além de aumentar a capacidade de produção em PE
e S. Bernardo do Campo está decidida a construção de uma nova planta, em
Guaratinguetá. A Basf /Suvinil quer se antecipar à demanda prevista com
a Copa e Olimpíadas.

_Executivo critica infraestrutura_

Esta é a segunda passagem de Hackenberger pelo Brasil. Agora, como
presidente da empresa, ele diz se espantar com a estabilidade da
economia, essencial para a previsibilidade dos negócios das empresas.
Mas, ao analisar as condições de operação da empresa, o executivo
reclama dos gargalos com infraestrutura e logística no país. Ele citou,
por exemplo, a falta de espaço nos portos para o embarque e desembarque
de mais contêineres, e que chega levar uma semana o desembaraço
alfandegário nos aeroportos do Brasil./*OG 37 8/08*

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