domingo, 28 de fevereiro de 2010

Agroecologia mostra que transgênicos não são solução para a agricultura

 

26 de fevereiro de 2010

Da Unaic

A União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu (Unaic), no Rio Grande do Sul, está fechando a vendas de sementes crioulas e varietais (não híbridas) da safra 2009/2010, com uma comercialização recorde de 14.500 kg de sementes.
“Se considerarmos a média de plantio de 15 kg por hectare, chegaremos à marca de quase 1.000 hectares plantados”, comemora Marcos Fanka, coordenador técnico do projeto de produção de sementes da organização.
A marca de comercialização registrada em 2009 é histórica, já que superou todos os índices das safras anteriores. O presidente da Unaic, André dos Santos, enfatiza que esse recorde “estabelece a confiabilidade e o reconhecimento dos produtores da região na qualidade das sementes que são produzidas, beneficiadas e comercializadas”.
Nesta safra, a Unaic estabeleceu como meta a disseminação das sementes crioulas para uma área geográfica cada vez maior. Para isso foram estabelecidas parcerias de comercialização através de prefeituras, sindicatos e cooperativas da região, além da venda direta aos agricultores.
Em parceria com a Fundação Banco do Brasil, a Unaic realizou doações de sementes para comunidades tradicionais como as indígenas e quilombolas, além de assentados da reforma agrária.
O principal objetivo dessas ações foi criar novos nichos de resistência das sementes crioulas, buscando a reprodução das variedades, já que neste período o Brasil anuncia a entrada no mercado de um número de sementes de milho geneticamente modificadas (transgênicas) superior do que de sementes híbridas ou comuns. Esse tem sido um motivo de preocupação para a equipe da Unaic, especialmente porque Canguçu sedia uma das principais representações da empresa Monsanto no RS, que é a das principal produtora de sementes transgênicas.
A equipe da Unaic tem acompanhado com preocupação o avanço do cultivo de milho transgênico na região, e tem buscado estabelecer o diálogo com os produtores para que o avanço da produção desse tipo de sementes respeite pelo menos as regras de isolamento que são estabelecidas pela legislação brasileira, tentando com isso evitar a contaminação das lavouras crioulas.

Fonte: MST
 

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