quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Assim se compra políticos....política do rabo preso...

Deputados favoráveis a CPI do MST recebem doações da Crutale

Quatro deputados federais que assinaram o requerimento favorável à criação da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra o MST receberam doações da
Sucocítrico Cutrale, empresa que monopoliza o mercado de laranja do
Brasil e acumula denúncias na Justiça.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), a fazenda da Cutrale ocupada neste mês por trabalhadores
rurais Sem Terra em Iaras (SP), é uma área pública grilada.
Arnaldo Madeira (PSDB/SP) recebeu, em setembro de 2006, R$ 50.000,00 em doações
da empresa. Carlos Henrique Focesi Sampaio, também do PSDB paulista, e
Jutahy Magalhães Júnior (PSDB/BA), obtiveram cada um R$ 25.000,00 para
suas respectivas campanhas. Nelson Marquezelli (PTB/SP) foi beneficiado
com R$ 40.000,00 no mesmo período.

Os quatro parlamentares que votaram favoravelmente à CPI integram a lista dos 55 candidatos beneficiados pela empresa em 2006.
"O episódio do laranjal entra numa situação de confronto dos ruralistas
contra o governo, contra o Incra e contra o MST. É importante ter
clareza de que o caso, se houvesse acontecido em outra conjuntura, não
teria a mesma repercussão como teve após o anúncio da atualização dos
índices de produtividade rural", aponta João Paulo Rodrigues, da
coordenação nacional do MST.

"Apesar de o censo do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostrar que os assentamentos são produtivos, os ruralistas não
querem discutir modelos agrícolas e colocam uma CPI para alterar o
debate. O MST não tem nenhum problema em debater com a sociedade",
completa.

A Cutrale possui 30 fazendas em São Paulo e Minas Gerais,
totalizando 53.207 hectares. Destas, seis fazendas com 8.011 hectares
são classificadas pelo Incra como improdutivas. A área grilada de Iaras
nem entra na conta.

Por conta do monopólio da Cutrale no comércio de suco e da imposição
dos preços, agricultores que plantam laranjas foram obrigados a
destruir entre 1996 a 2006 cerca de 280 mil hectares de laranjais.
A empresa já foi processada por formação de cartel e danos ambientais, e seus donos acusados por porte ilegal de armas de fogo.

Em reportagem de 2003, uma revista denunciou que a empresa Cutrale
tem subsidiária nas Ilhas Cayman, como forma de aumentar seus lucros.

em: mst.org.br

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