O SOCIALISMO AINDA NÃO ESTÁ NASCENTE, MAS O CAPITALISMO ESTÁ EM FASE TERMINAL
Um espectro ronda o capitalismo, o espectro da depressão. Até há pouco tempo, a maioria dos formadores de opinião, dos economistas aos jornalistas, insistiam que, com o triunfo do mercado auto-regulável e a libertação das peias do estatismo, as grandes crises nunca mais se repetiriam. E os problemas seriam resolvidos automaticamente pelo mercado.
O que se vê, e em muitos lugares já se sente na carne, é que o capitalismo caminha para profunda e prolongada recessão; e já surge quem fale em depressão, em queda descomunal da economia, desemprego em massa, conflitos sociais e até guerras.
Governos neoliberais, a começar do americano, adotam medidas estatizantes, paradoxo impensável há poucos meses. Antigamente, tal situação seria vista como prelúdio de uma nova era, mais justa. De fins do século 19 a meados do século 20, prevalecia, entre os trabalhadores organizados, a idéia de que o privatismo capitalista estava condenado a desaparecer, substituído por um coletivismo que traria mais justiça social.
Hoje não existem mais massas organizadas; e o capitalismo, mesmo à morte, não poderia ser enterrado, porque faltam os “coveiros”, como bem disse o economista Nildo Ouriques, para quem só na América Latina há esperança de mudanças.
Diante de uma situação sem precedentes, Caros Amigos procura, nas páginas seguintes, pôr em debate aquilo que não aparece no noticiário: as saídas, e não as medidas pontuais. Damos destaque especial para um país-chave, a República Popular da China, que especialistas já apontam como, em breve, novo pólo de influência global alternativo ao pólo norte-americano. Ali, como gostam de propalar os otimistas, crise se escreve com um ideograma que combina outros dois: risco e oportunidade.
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