domingo, 28 de fevereiro de 2010

Agroecologia mostra que transgênicos não são solução para a agricultura

 

26 de fevereiro de 2010

Da Unaic

A União das Associações Comunitárias do Interior de Canguçu (Unaic), no Rio Grande do Sul, está fechando a vendas de sementes crioulas e varietais (não híbridas) da safra 2009/2010, com uma comercialização recorde de 14.500 kg de sementes.
“Se considerarmos a média de plantio de 15 kg por hectare, chegaremos à marca de quase 1.000 hectares plantados”, comemora Marcos Fanka, coordenador técnico do projeto de produção de sementes da organização.
A marca de comercialização registrada em 2009 é histórica, já que superou todos os índices das safras anteriores. O presidente da Unaic, André dos Santos, enfatiza que esse recorde “estabelece a confiabilidade e o reconhecimento dos produtores da região na qualidade das sementes que são produzidas, beneficiadas e comercializadas”.
Nesta safra, a Unaic estabeleceu como meta a disseminação das sementes crioulas para uma área geográfica cada vez maior. Para isso foram estabelecidas parcerias de comercialização através de prefeituras, sindicatos e cooperativas da região, além da venda direta aos agricultores.
Em parceria com a Fundação Banco do Brasil, a Unaic realizou doações de sementes para comunidades tradicionais como as indígenas e quilombolas, além de assentados da reforma agrária.
O principal objetivo dessas ações foi criar novos nichos de resistência das sementes crioulas, buscando a reprodução das variedades, já que neste período o Brasil anuncia a entrada no mercado de um número de sementes de milho geneticamente modificadas (transgênicas) superior do que de sementes híbridas ou comuns. Esse tem sido um motivo de preocupação para a equipe da Unaic, especialmente porque Canguçu sedia uma das principais representações da empresa Monsanto no RS, que é a das principal produtora de sementes transgênicas.
A equipe da Unaic tem acompanhado com preocupação o avanço do cultivo de milho transgênico na região, e tem buscado estabelecer o diálogo com os produtores para que o avanço da produção desse tipo de sementes respeite pelo menos as regras de isolamento que são estabelecidas pela legislação brasileira, tentando com isso evitar a contaminação das lavouras crioulas.

Fonte: MST
 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dá para acreditar?!

Durante o encontro promovido pela ONU para debater as "mudanças climáticas", realizado em Compenhague, a ministra Dilma Roussef (mãe do PAC) identificou o que, na visão dela, ameaça o desenvolvimento sustentável.  No país da biodiversidade ainda tem representante que tem esse discurso. O homem sim é ameaça ao planeta. Que desenvolvimento sustentável é esse?

O que é racismo ambiental?




Apesar da entrevista ser da Veja, o médico Paulo Saldiva, especialista em poluição atmosférica, fala com Augusto Nunes sobre carros e mobilidade, como o automóvel é cada vez mais inviável nas grandes cidades e interesses econômicos da indústria automobilística. Ele também explica o que é RACISMO AMBIENTAL. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Depois de roubar, lesar a população e desviar dinheiro público...

Arruda está ressentido e descarta voltar à vida pública, diz advogado

 

O advogado Nélio Machado afirmou nesta quinta-feira que, no atual cenário, o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), não voltaria à vida pública. Segundo Machado, Arruda tem um "profundo ressentimento" e sua prioridade é restabelecer "sua dignidade pessoal". 

Na avaliação do advogado, o governador afastado só voltaria à cena política, caso seja inocentado pela Justiça das acusações de que comandou um esquema de arrecadação e pagamento de propina que envolve secretários, assessores, deputados distritais e empresários.
Machado confirmou que a nova estratégia da defesa para restabelecer a liberdade de Arruda, que está preso na Superintendência da Polícia Federal há 14 dias, é entregar ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), uma carta com o compromisso de Arruda não voltar a ocupar o comando do GDF (Governo do Distrito Federal).
"Ele falou em certos momentos que sua prioridade é a dignidade pessoal, voltar a sua família. Ele só voltaria ao mandato se as investigações forem encerradas e o excluírem das acusações. Eu diria que ele hoje tem gosto profundo de ressentimento. Pode ser que venha largar de vez a vida publica. Ao mesmo tempo, se tiver o reconhecimento da Justiça que repare toda a dor que vem passando, interpretando o que dele ouvi, é que não voltaria à vida pública", disse.
O advogado não adiantou quando a carta de licenciamento será oficializada. Machado afirmou que a decisão será mantida ainda que o STF recuse o pedido de liberdade. "Em razão de todo sofrimento que ele tem passado, a nossa orientação é que ele vai prorrogar pelo tempo correspondente as investigações essa licença que já está na Câmara. Essa é uma medida de cautela, de resguardo", afirmou.
A medida é considerada uma espécie de "renúncia branca". O objetivo da proposta é sensibilizar os ministros e conseguir retomar a liberdade do governador afastado. A tendência no STF, segundo ministros, é pela manutenção da prisão de Arruda. Ontem, a defesa apresentou novos argumentos para o habeas corpus e solicitou o adiamento da análise do pedido.
Na avaliação dos advogados, o compromisso de ficar afastado do governo derruba o argumento da Justiça de que Arruda atrapalha as investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina, utilizado para justificar a prisão.
Relator do habeas corpus no STF, o ministro Marco Aurélio Mello, afirmou que uma possível renúncia do governador afastado não terá influência no julgamento do pedido de liberdade apresentado pela defesa à Corte Suprema.
Marco Aurélio afirmou que um possível relaxamento da custódia caberia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que comanda o inquérito que investiga o esquema de pagamento de propina. "O relaxamento da prisão cumpre ao STJ, o que eu vou apreciar aqui é a legalidade ou ilegalidade da prisão", disse.
Segundo o ministro, a análise do pedido de habeas corpus do governador afastado pode ocorrer na próxima semana caso a Procuradoria Geral da República se manifesta até segunda-feira sobre os novos argumentos apresentados pela defesa para tentar convencer o STF a devolver a liberdade de Arruda.
Machado afirmou que ontem o governador teve uma queda de pressão e que tem solicitado à Polícia Federal que um médico particular faça a avaliação de seu cliente. Esse pedido ainda não foi atendido.
Com o adiamento, Arruda vai ficar preso por mais uma semana. Ele está em uma sala de dez metros quadrados, sem banheiro e com um beliche. Quando foi preso, Arruda foi levado para uma sala do INC (Instituto Nacional de Criminalística), com 40 metros quadrados, ar condicionado e banheiro individual.

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Referendo mundial debate mudanças climáticas



24 de fevereiro de 2010

Por Ivo Poletto
A maioria das pessoas sabe que a Conferência dos Chefes de Estado sobre o Clima, realizada em dezembro de 2009 em Copenhague, foi um fracasso. A grande mídia deu essa informação. Como de hábito, contudo, ela deixou de informar sobre o que fizeram as organizações sociais que também se reuniram na mesma oportunidade. Menos ainda elas noticiaram o que foi proposto por governantes em favor de caminhos alternativos aos que dominaram os debates da Conferência. Em vista disso, o presente artigo propõe-se a cobrir parte desse vazio, destacando a proposta apresentada à Conferência no dia 17 de dezembro pelo Presidente da Bolívia, Evo Morales.
Por que Evo Morales?
É importante destacar que Evo Morales faz parte do povo indígena Aymara, e não deixou de ser indígena ao ser eleito Presidente; mesmo porque a Constituição boliviana reconhece as Nações que compõem o Estado da Bolívia. Com certeza, sua proposta tem tudo a ver com a cultura e religião de seu povo, que é parente das culturas dos demais povos de longa história do Continente. Para eles, a Terra é Pachamama, Mãe Terra, fonte generosa de vida. Por isso, toda relação com ela tem a ver com todas as formas de vida, e de modo especial com os seres humanos; tem a ver, na verdade, com os direitos da própria Terra, anteriores aos direitos de todos os seres vivos e dos humanos. Por isso, a atividade da pesca, da caça, da derrubada de árvores, do plantio de sementes, enfim cada atividade deve ser precedida por orações cultuais de pedido de licença, de bênção e de perdão.
Sentindo-se agredido, como filho de Pachamama, pelas propostas dos empresários capitalistas, trazidos a tiracolo pela maioria dos governantes, que teimam em manter o que já feriu a Terra como sua fonte de enriquecimento, aceitando apenas mudanças superficiais, Evo decidiu enfrentá-los. Como? Apostando no poder soberano dos Povos da Terra.
Referendo mundial
Afinal, quem deve decidir sobre o que fazer para atacar o que causa Aquecimento cada vez maior do Planeta? O único ser vivo da Terra que pode usar sua liberdade para tomar esta decisão é o ser humano; as pessoas humanas, que formam diferentes povos, são o único poder soberano em relação a esta e a muitas outras decisões que têm a ver com a vida e com o ambiente que permite a continuidade e desenvolvimento da vida. A sorte da Mãe Terra e de seus filhos e filhas não pode ficar nas mãos de quem deseja transformar tudo em mercadoria, em coisas que geram riqueza...
De que forma a humanidade pode ter oportunidade de manifestar sua vontade livre? Por meio de uma Consulta, um Referendo Mundial: “Já que temos profundas diferenças entre nós, presidentes, consultemos ao povo e façamos o que ele nos disser”, declarou Evo em Copenhague. Por isso, anunciou que assumia convocar este Referendo com as seguintes perguntas:
1) Você está de acordo em restabelecer a harmonia com a natureza reconhecendo dos direitos da Mãe Terra? SIM ou NÃO
2) Você está de acordo em mudar este modelo de super-consumo e desperdício que é o sistema capitalista? SIM ou NÃO
3) Você está de acordo que os países desenvolvidos reduzam e reabsorvam suas emissões de gases de efeito estufa de forma doméstica para que a temperatura não suba mais de 1 grau Celsius? SIM ou NÃO
4) Você está de acordo em transferir tudo que se gasta com as guerras e destinar um orçamento superior ao orçamento de defesa para as mudanças climáticas? SIM ou NÃO
5) Você está de acordo com um Tribunal de Justiça Climática para julgar aos que destroem a Mãe Terra? SIM ou NÃO
Eu já votei. E você?
Para participar deste Referendo, basta entrar no Site HTTP://portalmre.rree.gov.bo/cumbre/Referendum.aspx preencher os dados e votar.
Precisamos ser milhões! O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS) está empenhado nesta campanha e conta com todas as forças sociais para mobilizar o Brasil a entrar nela. Faça sua parte: convide a todos que puder para entrarem nesta corrente em favor da vida da Terra e da vida humana na Terra.
* Assessor do FMCJS – fclimaticas@gmail.com

Fonte: MST

Via Campesina lança convocatória para Dia Internacional das Lutas Camponesas

 

24 de fevereiro de 2010

A Via Campesina lançou convocatória para o Dia Internacional de Lutas Camponesas, que acontecerá no dia 17 de abril, a suas organizações membros, seus aliados e todos os que querem apoiar o movimento e lutar contra as transnacionais que se apoderam dos sistemas de alimentação e agricultura em todo o mundo.
Leia abaixo a convocatória.
“Não ao controle da Agricultura e da Alimentação Pelas Transnacionais!”
Para comemorar o Dia Internacional das Lutas Camponesas, o 17 de Abril de 2010, o movimento internacional Via Campesina faz um chamado a suas organizações membros e a quem apóia o movimento, a unir-se contra as transnacionais que tratam de se apoderar dos sistemas de alimentação e agricultura em todo o mundo.
O 17 de Abril de 1996 foi marcado pelo massacre de 19 camponeses brasileiros que defendiam seu direito a produzir alimentos e exigiam o direito a terra. Desde o massacre, que aconteceu em Eldorado dos Carajás, todos os anos se organizam mobilizações em todo o mundo através dos movimentos camponeses, comunidades, grupos de estudantes, organizações não governamentais e ativistas para exigir a soberania alimentar e o direito a que o camponês e a camponesa produzam seus alimentos.
O ano de 2009 foi fechado com três encontros internacionais: o Encontro Sobre a Segurança Alimentar, organizada em Roma pela Organização Mundial da Agricultura e Alimentação (FAO), a Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comercio (OMC) em Genebra assim como a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima em Copenhague. Em cada um desses eventos, as transnacionais mostraram suas convicções em controlar os sistemas alimentícios e de agricultura, os mercados, a terra, as sementes e a água – toda a natureza – em escala mundial. Transnacionais como a Monsanto, Cargill, Archer Daniel Midland e Nestlé assistiram a essas conferencias com verdadeira colunas de pressão com o propósito de criar políticas de acordo com seus interesses.
Por exemplo, a transnacional Monsanto, localizada nos Estados Unidos da América, quer receber fundos públicos para subsidiar sua semente de soja da marca “Roundup Ready”, geneticamente modificada para ser resistente ao glifosato (vendida pela mesma companhia com o nome de “Roundup”), o herbicida mais comum a nível mundial. A Monsanto insiste que a soja “Roundup Ready” ajudará a reduzir a mudança climática porque a resistência ao herbicida “Roudup” significa que podem ser cultivados sem arar a terra (que emite dióxido de carbono), técnica conhecida como “agricultura sem cultivo”. A Monsanto argumenta que suas sementes e herbicidas devem ser habilitados para receber créditos de carbono através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo como parte da Convenção sobre a Mudança Climática da ONU (CMNUCC).
A realidade, porém, é que a Monsanto e outras transnacionais são as que mais contribuem para a mudança climática e outras crises do meio ambiente, porque promovem um modelo não sustentável da agricultura industrial.
As transnacionais também aumentam a pobreza e a recessão econômica em todo o mundo. Ao passo que incrementam seu controle sobre as terras e os mercados de produtos agropecuários, as transnacionais obrigam os camponeses a deixar suas terras e reduzem as oportunidades para encontrar emprego nas áreas rurais. O resultado é que os bairros pobres das periferias das cidades se enchem com mais e mais gente, desesperada e sem emprego.
As transnacionais continuam a ter lucros enormes enquanto a fome e a pobreza seguem crescendo. É por isso que a mobilização contra as transnacionais é uma prioridade para a Via Campesina. Nosso movimento tem a visão de um mundo no qual as transnacionais como a Monsanto, a Cargill, o Carrefour e a Walmart, com a sua destruição à natureza e à humanidade deixarão de existir. No seu lugar, estarão milhões de camponeses e camponesas de pequena e média escala que produzem alimentos sãos para os mercados locais e regionais, preservando a biodiversidade, protegendo os recursos de água, mantendo o carbono nos solos e revitalizando as economias rurais.
Para celebrar o 17 de Abril de 2010 a Via Campesina faz um chamado a seus membros e aliados para se unirem e aumentar a resistência contra as transnacionais, para ampliar as vozes e os direitos dos camponeses e camponesas de todo o mundo.
Mais informações em: www.viacampesina.org

Fonte: MST 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Enfim, a caminho da libertação...

América Latina aprova criação de novo bloco regional sem os EUA


Os presidentes dos países da América Latina e do Caribe aprovaram, nesta terça-feira em Cancún, no México, a criação de um novo bloco que represente todas as nações da região sem a participação do Canadá e dos Estados Unidos.
O organismo se chamaria, temporariamente, Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e iniciaria suas atividades a partir de julho de 2011 – data da próxima Cúpula da América Latina e do Caribe em Caracas, na Venezuela.
“Finalmente há um consenso sobre isso, também houve discussões intensas”, disse o presidente do México, Felipe Calderón. Segundo ele, o novo bloco deve “impulsionar a integração regional e promover a agenda regional em encontros globais”.
Até agora, os líderes ainda não incluíram Honduras no novo grupo regional.

BBC/Brasil
O bloco seria uma alternativa à Organização dos Estados Americanos (OEA) – o principal fórum das relações regionais nos últimos 50 anos. A OEA tem sofrido críticas de seus próprios membros após uma série de embates políticos e comerciais entre países da região e os Estados Unidos.

Princípios

O novo organismo foi aprovado pelos 25 chefes de Estado e de governo que participaram da Cúpula no México.
Segundo o comunicado divulgado pelos líderes, o bloco terá entre seus princípios promover o respeito ao direito internacional, a igualdade dos Estados, evitar o uso de ameaça de força e trabalhar a favor do meio ambiente na região.
Além disso, o organismo deve promover a integração política da região assim como o diálogo com outros blocos. As regras de operação definitivas deverão ser adotadas no evento de Caracas, no próximo ano, ou na Cúpula que ocorrerá no Chile, em 2012.

'Substituição'

O presidente de Cuba, Raúl Castro, elogiou o anúncio sobre a aprovação do novo bloco, que incluiria o país, diferentemente da OEA.
Cuba foi suspensa da Organização dos Estados Americanos em 1962 por causa do sistema político socialista da ilha. Em 2009, a OEA decidiu aceitar novamente os cubanos no bloco, mas Cuba rejeitou.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já havia expressado seu apoio à proposta, afirmando que seria uma ação para distanciar a região da “colonização” americana.
Um representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que não acredita que o novo bloco substituirá a OEA. Os termos do novo organismo e a eventual substituição do Grupo do Rio e da Cúpula da América Latina e do Caribe pelo novo bloco ainda não foram esclarecidos.
Segundo o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, “é muito importante que não tentemos substituir a OEA”. “A OEA é uma organização permanente e tem suas próprias funções”, disse.

Especulador imobiliário pede pra sair!

 

Paulo Octávio diz em carta que falta de apoio o fez renunciar ao cargo

O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (sem partido), enviou nesta terça-feira à Câmara Legislativa do DF sua carta de renúncia do cargo. O documento foi entregue por deputados distritais aliados. Na carta, que tem seis folhas, ele alega falta de apoio político para deixar o cargo.
"Nenhuma dessas premissas [apoio político] se tornou realidade e, acima de tudo, o partido a que pertencia solicitou aos seus militantes que deixem o governo. Sem o apoio do DEM, legenda que ajudei a fundar no DF e a qual pertencia até hoje, considero perdida as condições para solicitar respaldo de outros partidos no esforço de união por Brasília", diz.
Paulo Octávio assumiu o governo no dia 11, quando o governador José Roberto Arruda (sem partido) foi preso e afastado do cargo por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele e Arruda são suspeitos de participar de um esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF.
Segundo Paulo Octávio, "sem que existam condições políticas, torna-se impossível permanecer à frente do poder executivo sobretudo em circunstâncias tão excepcionais".
Na carta, Paulo Octávio também ressalta que Arruda poderá reassumir o cargo quando deixar a Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 11 acusado de tentar subornar uma testemunha do suposto esquema de corrupção.
"[Arruda] Continua a ser o governador da cidade pode portanto em tese retornar às suas funções a qualquer momento", diz.
Com a renúncia de Paulo Octávio, o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), deve assumir interinamente o governo do DF.
Na carta, ele diz que "o excelentíssimo senhor presidente da Câmara Legislativa possui as atribuições constitucionais para exercer as funções de chefe do Executivo".
O esforço de Paulo Octávio de continuar no cargo era para evitar a intervenção no DF solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "O objetivo era evitar que a autonomia política e administrativa do DF venha a ser gravemente afetada por decisão judicial", diz ele na carta.
"Quanto a mim, deixo o governo, saio da cena política e me incorporo às fileiras da cidadania", afirma Paulo Octávio ao encerrar a carta.
Recuo
Na semana passada, Paulo Octávio irritou os deputados distritais e a cúpula do DEM ao ensaiar a renúncia e depois recuar. No discurso, Paulo Octávio ainda fez referências ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se manter no governo. Na avaliação do comando do DEM, ele assinou sua ficha de desfiliação ao citar o presidente.
Na ocasião, Paulo Octávio disse que permanecia no governo do Distrito Federal pelo menos até o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a intervenção no DF.
Desfiliação
Hoje à tarde, pressionado pela cúpula do DEM, Paulo Octávio pediu sua desfiliação do partido. Ele encaminhou o pedido para o presidente nacional da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ).
Segundo o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), Paulo Octávio não apresentou motivos para pedir desfiliação. No entanto, ele estaria evitando ser expulso da legenda. "Ele já sabia que não se enquadrava mais nas nossas diretrizes."
A bancada do DEM no Senado já havia decidido hoje, por unanimidade, pedir a expulsão de Paulo Octávio na reunião da Executiva marcada para amanhã. O partido também havia dado prazo até amanhã (24) para que o governador interino decidisse se queria ficar no partido ou no governo.

ANDREZA MATAIS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha Online, em Brasília

Somos todos UM

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tiro pela culatra!!!



É DE LASCAR, MAS ANA MARIA BRAGA CISMOU QUE É A ENCARNAÇÃO DA OFÉLIA – POBRE OFÉLIA

Deve existir alguma razão especial, além de audiência (que nem é tanta assim, já se cogitou de suspender o programa) para a GLOBO manter no ar a senhora Ana Maria Braga. A matrona em epígrafe, a Miriam Leitão do entretenimento, tanto poderia parar naquelas antigas seções de quadrinhos dos bons tempos dos velhos jornais, o “acredite se quiser”, ou ir cantar noutra freguesia, tamanho o volume de mancadas ao longo de sua trajetória televisiva.

Nem pensar em programa de humor, não confundir humor com essas besteiras que Ana Maria Braga fala.

Ao entrevistar o jogador Petkovic em seu programa, a veneranda senhora deu uma breve explicação sobre a Sérvia, país de origem do jogador. Discorreu sobre o que era a Iugoslávia, a divisão em vários países após a morte do marechal Tito e o fim da União Soviética (tudo isso é cantado pelo diretor do programa, ou no teleprompter, onde ela lê, se depender de memorizar vai tropeçar, embolar os fios todos, fica pior que aquele filme do submarino cor de rosa com Tony Curtis e Cary Grant. 

E disparou a pergunta, bem ao estilo global, naquela de vender a ideologia capitalista, objetivo maior da REDE, falo da GLOBO, confiante na resposta do jogador. Veio em forma de batata quente. Dona Ana Maria Braga quis saber como foi nascer num “país com tantas dificuldades”.

Petkovic respondeu que àquela época não havia dificuldade alguma, as pessoas todas tinham empregos, salários, comiam, era o regime socialista. As dificuldades começaram depois do fim do socialismo.

Corta, muda de assunto.

Ofélia era só uma Vera Loyola pré concebida pelo humor, antes da Barra da Tijuca, Miami brasileira. Tinha graça, charme. Nem Ana e nem a moça das padarias que levava a cachorrinha para o cabeleireiro de helicóptero para evitar que a pobre coitada se estressasse no trânsito, tinham ou têm graça e charme.

Imagino o que deva estar sendo preparado para em programas seguintes anular o impacto da resposta de Petkovic. Em se tratando de GLOBO a histeria anti socialista, anti comunista beira às raias da paranóia e mistura-se ao puxa-saquismo contumaz de buana Obama, buana Obama, Chávez é o demônio.

É possível até que numa reunião de cúpula a família Marinho decida por uma edição especial qualquer mostrando que Petkovic está errado. Ou, o jogador corre sério risco de vir a ser riscado do mapa e crucificado pelos comentaristas globais nos próximos jogos do Flamengo.

O IBOPE já deve ter feito pesquisa para saber quantas “donas de casa” foram afetadas pelas afirmações do jogador e qual o impacto dessas afirmações sobre seus cérebros. Se de repente começaram a pensar, a atrever-se a pensar, ou pior, mudar de canal (tudo igual), pior ainda, desligar a tevê, ou se ainda dá tempo de salvar o que consideram “ser desprezível”, objeto a ser manipulado, ainda mais num ano eleitoral.

Quer ver a mancada da moça (opa!).

Dá uma olhada na cara de tacho que a dita cuja ficou diante da resposta do jogador. Era para ser uma coisa e foi outra. Fora do script.

A REDE GLOBO é o ponto alto da campanha José Collor Arruda Serra. Já estava tudo pronto para “vote num careca leve dois” e agora, além das trapalhadas do segundo careca, vem um jogador de futebol e sérvio, dizer que no socialismo não existiam dificuldades, que as dificuldades começaram no capitalismo.

Putz! A grana que os norte-americanos gastaram para montar o novo modelo na antiga Iugoslávia, rendeu até guerra. O número de mortos, os crimes cometidos por arianos saudáveis violentando mulheres muçulmanas, que valeram a irresponsabilidade criminosa de João Paulo II pedindo que não abortassem, ou não tivessem o direito de abortar, filhos oriundos desses estupros. Tudo isso e Petkovic, no templo do capitalismo vem e diz que no socialismo não existiam dificuldades!  

Imagine um programa só com Dona Ana Maria Braga, Dona Miriam Leitão (vacinada evidente, do contrário a turma corre sério risco e mesmo assim...) e Dona Lúcia Hipólito (longe de garrafas, ou não não sai a com a), as três sob o comando de Alexandre Garcia.

Pedro Bial faz o contraponto, mas desde que o governador Requião não apareça para meter-lhe o dedo em riste à altura do nariz e transformá-lo em anão com o epíteto “mentiroso”.

Não ia ser num estúdio, mas numa jaula.

Primeiro entrevistado, o ator Carlos Vereza falando sobre o “fascismo” e defendendo a entrega da faixa presidencial a José Collor Arruda Serra ou Aécio Pirlimpimpim Neves. Música de Cazuza (que não tem culpa nenhuma disso) e Reginaldo Faria, na abertura e no encerramento, dentro do avião, dando aquela banana que nem na novela...

“Brasil! Mostra a tua cara...”

Cara de plim plim.

Quem sabe para facilitar nos próximos programas ela não leva a dupla SERRA/KASSAB. Vão falar sobre obras para conter os efeitos das chuvas, amigos empreiteiros, o careca do Arruda e mostrar como se faz do Brasil uma grande pizza a lá FHC. Até a muzzarella é superfaturada. 

Laerte Braga

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

MPT aciona 4 maiores produtoras de suco por irregularidade contra 200 mil trabalhadores


Ação pede R$ 400 milhões. Indenização refere-se aos danos morais causados em mais de 1 década de irregularidades no campo
12/02/2010
Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região
Campinas (SP),
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Araraquara acionou, nesta quinta-feira, 11, na Justiça do Trabalho de Matão, as 4 maiores indústrias de suco de laranja do mundo – Cutrale, Louis Dreyfus, Citrovita e Fischer – pedindo, liminarmente, o fim da terceirização da colheita de laranja, considerada pelo MPT como atividade-fim das empresas.
A ação civil pública, assinada por 7 procuradores de diferentes regiões do estado, demanda o encerramento da intermediação da colheita, inclusive por condomínio de empregador rural, de qualquer parte do território nacional.
Além disso, os procuradores pedem a condenação imediata das empresas acionadas ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor total de R$ 400 milhões - a Cutrale em R$ 150 milhões, a Louis Dreyfus em 55 milhões, a Citrovita em R$ 60 milhões e a Fischer em R$ 135 milhões.
Se for julgada procedente, a ação pode ser responsável pela contratação direta de mais de 200 mil trabalhadores pelas indústrias, que respondem atualmente por 98% das exportações brasileiras e por 81% de market share no mercado mundial de sucos processados, segundo a CitruBR – Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos. Ainda segundo a Associação, o Brasil produz 33% da laranja mundial, sendo que apenas “20% do fornecimento de frutas para os grandes produtores de suco vem de suas próprias plantações”.
A relação das indústrias de suco com a terceirização irregular teve início há mais de uma década, quando formaram-se diversas cooperativas de mão-de-obra para realização da colheita da laranja.
Fraude em cooperativas
Apesar da existência legal das empresas formadas por trabalhadores da citricultura, provou-se por meio de reclamações trabalhistas e investigações de instituições como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que havia fraude na constituição das cooperativas, uma vez que as tomadoras – as indústrias – se mostravam ativas no processo de comandar a demanda da colheita, ou seja, as fábricas de suco contratam com os produtores e estabelecem a quantidade de matéria prima a ser fornecida, assim como o período do ano em que isso deve ocorrer.
“É fato notório, de repercussão nacional, que as indústrias agem como empregadoras dos trabalhadores da colheita de laranja, mas se eximem de qualquer responsabilidade trabalhista decorrente de suas atividades econômicas”, explica os procuradores responsáveis pela ação.
Antes do surgimento das cooperativas fraudulentas, eram as próprias indústrias que se responsabilizavam diretamente pela colheita. Após uma série de reclamações de trabalhadores rurais “cooperados” - na verdade, contratados - , o Judiciário Trabalhista posicionou-se favorável ao pagamento de indenizações, verbas devidas e à regularização das contratações no setor da citricultura, com a declaração de vínculo empregatício com as fabricantes de suco, o que alterou o panorama no campo, com a diminuição gradativa, na última década, da utilização das cooperativas como meio para chegar à terceirização ilícita.
Apesar do fim iminente das cooperativas de fachada, verificou-se, como evolução aos meios convencionais de contratação, o surgimento de sociedades, empresas de pequeno porte e microempresas prestadoras de serviços no ramo de colheita, geralmente compostas por ex-presidentes das cooperativas e empreiteiros de mão-de-obra, popularmente chamados de “gatos”.
Trabalho precário
As empresas recém-surgidas contribuíram para precarizar ainda mais o trabalho dos colhedores, que viam seus salários diminuírem e suas condições de labor piorarem ainda mais nas terras de produtores rurais. Acrescentando à forma irregular de contratação de trabalhadores, também são lembrados os rurais avulsos, que eram cedidos para prestar serviços à indústria, sempre de forma direta, por sindicatos e associações, o que foi igualmente repudiado pela Justiça do Trabalho após uma série de processos que tramitaram em face dos empregadores e das próprias indústrias, cujas conclusões apontaram a responsabilidade das grandes fabricantes de suco.
Após os acontecimentos dos últimos 10 anos, o Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu instaurar, em 2007, um expediente administrativo (EA), para investigar amplamente o setor da citricultura, em todo o âmbito do estado de São Paulo.
No EA, posteriormente convertido em inquérito civil, vários procuradores atuantes na 15ª Região, que compreende 599 municípios do interior paulista, se uniram para chegar à uma solução quanto ao oferecimento de melhorias das condições de trabalho dos colhedores de laranja.
“No período compreendido pelas 3 últimas safras, verificamos uma piora significativa nas relações de trabalho no campo, com casos em que o trabalhador recebe menos do que 1 salário mínimo, sem equipamentos de proteção para executar a colheita e sem condições mínimas de segurança no meio ambiente de trabalho. Em todo esse tempo, em nenhum momento, as indústrias assumiram quaisquer responsabilidades trabalhistas, ignorando veementemente as reivindicações de associações de citricultores e das próprias autoridades que regem a matéria trabalhista”, afirmam os procuradores.
Sem solução
Nesse contexto, a primeira medida adotada pelos membros do EA foi designar audiência administrativa para elucidar algumas questões referentes à terceirização e propor a contratação direta de trabalhadores, já que, no entendimento do MPT, a responsabilidade nas relações de trabalho com colhedores de laranja, seja em terras de terceiros ou em terras próprias ou arrendadas, sempre foi das indústrias de suco.
As 4 empresas se manifestaram favoráveis a uma discussão, no entanto, seus representantes levaram a questão para a diretoria das fábricas. Paralelamente, a fiscalização do trabalho reuniu-se com produtores de laranja e fizeram ações de campo para coibir as irregularidades no tocante às contratações terceirizadas – as quais nunca se mostraram de fato lícitas, uma vez que as indústrias sempre diziam quanto seria colhido e quando haveria a colheita.
As ações continuaram em 2008, quando o MPT ingressou com ação civil pública na Vara de Taquaritinga, pedindo a retomada da colheita de laranja, após a ordem de paralisação emitida pelas indústrias, o que poderia gerar milhares de demissões. A Justiça concedeu a liminar ordenando o retorno ao trabalho, mas um mandado de segurança.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Qual a contribuição das árvores e algas para produção de O2?


Estudos apontam que as algas podem ser importantes produtoras de oxigênio, contribuindo para purificação do ar assim como as árvores

Por Cristina Leite

Diariamente uma grande quantidade de CO2 é lançada na atmosfera, por isso para amenizar a poluição causada pelas atividades humanas, as plantas têm desenvolvido um importante papel na captura de gás carbônico e produção de oxigênio, por meio da fotossíntese. A atividade de absorção de CO2, energia luminosa, água e liberação de oxigênio, tanto das árvores quanto das algas, pode ser considerada um dos processos biológicos mais importantes do planeta.

As áreas florestais, assim como algumas espécies de algas, são de extrema relevância para purificação do ar, mas parte do O2 que é produzido pelas árvores é também consumido pelas próprias, por meio da respiração. Porém, algumas espécies de algas fabricam muito mais oxigênio do que precisam e desta forma as algas são, juntamente com as árvores, importantes contribuintes para amenizar a quantidade de CO2 emitido por ações poluidoras. Além disso, as algas podem ter grande importância para produção de O2 porque ocupam uma área maior que a das árvores. "Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio", diz a bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o professor da Universidade Estadual de Londrina, Dr. Francisco Striquer Soares, é muito difícil afirmar que as algas são maiores produtoras de O2, a produção depende da espécie da alga, mas alguns fatores podem ser levados em consideração. Um dos pontos que podem contribuir com a maior produção de O2 pelas algas é que elas estão presentes em rios, oceanos e represas, alcançando assim maior extensão territorial.

Outro ponto mencionado pelo professor que favorece as algas, é que, para produção de O2, as algas precisam de energia luminosa, fundamental para a fotossíntese. “Em florestas, como as que situam na região da Amazônia, onde se concentram uma quantidade expressiva de árvores de grande porte, com alto potencial para produção de O2, a energia solar, necessária para produção de O2, pode chegar numa camada de penetração de até 30 metros”, explica.

Por outro lado, a energia solar em rios e oceanos, além de alcançar grande extensão territorial pode chegar até 100 metros ou mais , alcançando assim uma profundidade maior do que nas florestas, o que destaca as algas em sua produção de oxigênio.

Os fatores apontados pelo professor fazem parte de estudos recentes, porém o que se já sabe é que a ameaça de extinção de algumas espécies de algas já é afirmada por alguns estudiosos. “Elas podem estar em ameaça de extinção se considerar que o aquecimento global afeta a temperatura das águas. Cada alga, de acordo com sua espécie precisa de uma determinada temperatura para as etapas do ciclo de vida, incluindo a reprodução, quando há mudanças significativas no tempo, compromete a proliferação dessas algas, consequentemente a produção de O2”, destaca.

Porém, grande importância existe em preservar as florestas, principalmente a da Amazônia. “Mais estudos devem ser direcionados aos microorganismos, porém o ser humano é um animal terrestre, devemos nos preocupar em cuidar ainda mais do ambiente onde estamos inseridos”, conclui Soares.

Fonte: Portal do Meio Ambiente

Vergonha: Brasil se reafirma como maior consumidor mundial de agrotóxicos

Na safra de 2008/2009, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Os agrotóxicos são feitos a partir de produtos de petróleo e de químicos não degradáveis e, portanto, depois de fabricados, permanecem na natureza.

Matam a biodiversidade representada pela variedade de vida vegetal e animal, afetam a fertilidade natural do solo (ao acabar com bactérias e nutrientes naturais), contaminam o lençol freático e a qualidade das águas da chuva - pois os venenos secantes evaporam para a atmosfera e depois regresssam com a chuva. Afetam também a qualidade dos alimentos, que quando ingeridos sistematicamente podem causar destruição das celulas e resultar em câncer .

Mas tudo isso não importa. A indústrias anunciam os dados com orgulho. Afinal, a eles apenas interessa os lucros! Certamente seus gerentes buscam apenas produtos orgânicos nas gôndolas dos supermercados, enquanto o povo é obrigado a engolir seus venenos.

Veja abaixo a tabela sobre o consumo de venenos por produto. O Brasil consumiu ao redor de 700 milhões de litros de veneno. Veja a distirbuição por produto (em torno de 629 milhões) e outros produtos mais 70 milhões de litros. Esses 700 milhões de litros foram aplicados em 50 milhoes de hectares, equivalente a 14 litros por hectares, a maior media do mundo.

O que é barra pesada para você meu amigo?


Geraldo Naves é transferido da PF para a Papuda
O radialista Geraldo Naves, um dos seis envolvidos na tentativa de suborno de uma testemunha do mensalão do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), foi transferido na manhã deste sábado (13) para o Complexo Penitenciário da Papuda. Último a se entregar, Naves, que até semana passada exercia como suplente o mandato de deputado distrital, era considerado foragido pela Polícia Federal. Ele se apresentou na Superintendência da PF em Brasília por volta das 20h de ontem (12).
De acordo com a assessoria de comunicação da PF, Naves foi levado para a Papuda por volta das 9h30. Ontem, outros três envolvidos no caso também foram transferidos para a unidade prisional. São eles: o ex-secretário de Comunicação do GDF, Wellington Moraes, o ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB) Haroaldo Brasil e o sobrinho e ex-secretário particular de Arruda, Rodrigo Arantes. Antônio Bento da Silva, preso em flagrante na semana passada pela tentativa de suborno, já está na Papuda.
Naves teve a prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quinta-feira por tentativa de suborno e por atrapalhar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) nos desdobramentos do inquérito 650DF, que resultou na Operação Caixa de Pandora. Então deputado distrital - tinha assumido no lugar do também suplente Raad Massouh (DEM) - ele procurou o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, e entregou um bilhete escrito pelo governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido). No papel, aparecem frases como “sei que ele tentou evitar”, “quero ajuda”, “sou grato”, “Geraldo está valendo” e “GDF OK”.

Brasília de alma lavada!!!

 Neste carnaval a população brasiliense pode comemorar o carnaval de alma lavada. Um exemplo que a democracia pode funcionar e um governador líder de uma quadrilha pode passar o carnaval na cela. Um exemplo para todo o país que a corrupção pode sim levar a prisão. Chega de sanguessugas na política e de colarinhos brancos. A justiça no Brasil pode então funcionar.

PF apreendeu recibos do DEM na Operação Caixa de Pandora


Antares na Caixa de Pandora, a empresa responsável pelas obras da expansão irregular do Setor Sudoeste!!!
  Folha de S.Paulo

BRASÍLIA -- A Polícia Federal apreendeu durante a Operação Caixa de Pandora, em novembro de 2009, recibos de doações ao DEM, assinados pelo tesoureiro nacional do partido, no anexo da residência oficial do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), preso desde quinta-feira. As doações foram feitas por empresas com interesses em negócios no DF.
Os recibos estavam no armário do anexo do imóvel, que era usado por Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda. Ele é suspeito de arrecadar propina, que, segundo investigação da PF, ficava com o governador (40%) e também era usada para pagar deputados da base aliada em troca de apoio político.
Arruda era do DEM até o estouro da operação, que revelou em novembro o esquema de arrecadação e distribuição de propina em seu governo. A Polícia Federal investiga por que os documentos estavam no local, quando deveriam ficar com as empresas que fizeram as doações. Os comprovantes de contribuição financeira ao partido, feita em maio de 2009, somam R$ 425 mil, sendo R$ 275 mil da construtora Artec e R$ 150 mil da Antares Engenharia. Quem assinou os recibos foi o tesoureiro da Executiva Nacional do partido, Saulo Queiroz. Ele disse que as doações foram registradas na contabilidade do partido, mas estranhou o fato de os documentos estarem no anexo da residência oficial. Queiroz diz que enviou os recibos para as empresas doadoras.

Interesses
A Artec e a Antares têm interesses no governo do Distrito Federal. A Artec possui contratos para coleta de lixo e obras.
Já a Antares, cinco meses após a doação, recebeu do Instituto Brasília Ambiental, órgão do governo, uma licença prévia para iniciar obras no DF.
Visite Fórum Ambientalista do DF em: http://forumambientalista.ning.com

Conferência Nacional do MDD

OFICINA CINECLUBISMO

Pessoal,

gostaria de convidá-lxs, mais uma vez, para  o curso sobre cineclubismo que vai acontecer no cineclube Espaço Aberto:


Datas de realização:
27 de fevereiro e 06, 13 e 20 de março

Local:
CEF 02 de Brazlândia – próximo a Praça do Laço

Horário:
Sábados, de 14 às 17h

Carga Horária: 15h (12h presenciais e 3h à distância)
   
A presença de vocês é muito importante para mudar a cena cultural de Brazlândia!!!!!!


atenciosamente.

Rodrigo A. Magalhães


Cineclube Espaço Aberto
27 de fevereiro
História do cinema: breves relatos
1. Círculo de experiências: cada participante contará um pouco da sua relação com
o cinema – filmes que marcaram a história pessoal, freqüência da família ao
cinema, etc;
2. Breve histórico do cinema e sua linguagem com a apresentação de trechos de
filmes;
3. Dinâmica: com base em algumas frases relacionadas ao cinema dividir a turma
em 3 grupos e pedir para formularem uma reflexão sobre as respectivas frases;
4. Exibição do filme Âmago;
Bate-papo com o diretor do filme Antonio Balbino.
06 de março
O que é cineclubismo?
1. Exibição do filme Intervozes – Levante sua voz (Direito à Comunicação);
2. Círculo de debate sobre o filme apresentado;
3. Palestra “O que é cineclube?”;
4. Dinâmica: dividir a turma em 3 grupos para refletir sobre os princípios do
cineclubismo;
5. Exercício para casa: pesquisar na internet algum cineclube em funcionamento no
Brasil e analisar seu funcionamento e estrutura.

2
13 de março
Trocando experiências cineclubistas
1. Conversa com representante de um Cineclube;
2. Cineclube Espaço Aberto – Brazlândia
3. Bate-papo com os participantes;
4. Apresentação do resultado da atividade para casa;
5. Exercício para casa: Escolher um filme para ser apresentado no cineclube e
justificar sua escolha. Elaborar uma forma de divulgação.
20 de março
Por dentro de um cineclube
1. Funcionamento de um cineclube:
• Infra-estrutura – local de exibição e equipamentos: projetor, som, etc. –
• Programação
• Divulgação e Memória – diversas mídias, release, clipping, caderno de
registro, fotos, etc.
2. Socialização da atividade para casa;
3. Confraternização.
Datas de realização: 27 de fevereiro e 06, 13 e 20 de março.
Local: CEF 02 de Brazlândia – próximo a Praça do Laço
Horário: Sábados, de 14 às 17h
Carga Horária: 15h (12h presenciais e 3h à distância)

cineclubeespacoaberto@gmail.com

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Barra Pesada!!!

PF afirma que deputado do bilhete tinha contrato com o governo do DF


A Polícia Federal encontrou indícios de que o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM) recebia repasses mensais de R$ 50 mil de Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa do governador José Roberto Arruda. Em busca e apreensão feita na casa de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e pivô do escândalo do Distrito Federal, a PF encontrou cópias autenticadas de cheques da empresa Rota Central Produções, que prestava serviços ao governo do DF. Os cheques estavam assinadas por Naves.

Para a Polícia Federal, os cheques assinados por Naves demonstram a ligação do ex-deputado distrital com a empresa. A PF também apreendeu na casa de Durval um documento segundo o qual Naves recebia mensalmente R$ 50 mil de Omézio “a título de prestação de serviços que a empresa Rota Central Produções presta ao GDF”.




“O material consta relato de repasse mensal de dinheiro de Omézio Pontes (assessor de imprensa do governador José Roberto Arruda e um dos distribuidores das verbas desviadas dos contratos feitos com o GDF) ao deputado distrital Geraldo Naves, do DEM por serviços prestados ao GDF por meio da empresa Rota Central Produções”, registra a Polícia no relatório ao qual o iG teve acesso.



O ex-deputado Geraldo Naves, que fazia parte da base de Arruda na Câmara Legislativa, foi quem procurou ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Edson Sombra, pela primeira vez com a proposta da tentativa de suborno para que ele desacreditasse dos vídeos divulgados por Durval Barbosa. Os vídeos, obtidos em primeira mão pelo iG, mostram empresários, deputados e o próprio governador recebendo dinheiro de Durval Barbosa. Naves teve a prisão decretada hoje à tarde, junto com o governador Arruda e outras quatro pessoas, por envolvimento na tentativa de suborno.



O próprio deputado renunciou ao mandato depois da prisão do servidor aposentado Antônio Bento da Silva, que o substituiu nas supostas negociações de suborno. Naves admitiu ter entregue um bilhete escrito pelo governador a Sombra. Mas ele negou que o papel fazia parte de uma tentativa de suborno.



O bilhete foi apresentado por Sombra PF para comprovar a pressão sofrida para alterar seu depoimento sobre o suposto esquema de distribuição de propina no governo do Distrito Federal e na Câmara Legislativa. Segundo Naves, o recado de Arruda tinha o objetivo de tranquilizar o jornalista, que temia uma queda no número de anúncios publicitários e de verba de patrocínio em seu jornal depois do escândalo.



A defesa de Arruda afirma que a tentativa de suborno foi “uma armação”. E que o deputado levou o “papel rascunhado” a Edson Sombra sem o conhecimento ou a anuência do governador. Os advogados Gerardo Grossi e Nélio Machado, que representam o governador, creditam o bilhete a uma antiga mania do governador. “Tudo que Arruda pensa ele escreve em papéis que ficam jogados sobre a sua mesa, em profusão. Qualquer bobagem”, afirmou Grossi em recente entrevista coletiva. Omézio, por meio da assessoria, afirmou que responderá as acusações somente na justiça. Naves, que teve a prisão decretada à tarde, não retornou as ligações feitas pelo iG desde ontem

11/02 - 20:47 - Matheus Leitão e Rodrigo Haidar, iG Brasília

É carnaval!

Será que a justiça manterá a população livre do Arruda durante o carnaval para celebrar?

Brasília acorda mais limpa!


Após passar a noite na cela da PF, Brasília acorda mais limpa. Pois um dos  maiores líderes do crime organizado em nossa capital enfim foi penalizado por comandar esta máfia que está infiltrada nos poderes públicos distrital O mega empresário do setor imobiláirio especulativo e agora governador Paulo Octávio deve pedir seu afastamento. Queremos a intervenção do Governo Federal, só assim, teremos continuidade na iduinidade dos processos a serem julgados.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

STF decidirá se aceita o pedido de Intervenção no Distrito Federal


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, vai ter o prazo de pelo menos dez dias para decidir se vai acatar o pedido de intervenção federal no governo do Distrito Federal.

Mendes solicitou nesta quinta-feira pedido de informações ao governo do DF depois que a PGR (Procuradoria Geral da República) entregou ao Supremo o pedido de intervenção. Como o governo do DF tem o prazo de cinco dias úteis para responder à solicitação de Mendes, depois de notificado, a decisão do presidente do STF sai depois do Carnaval.

Mendes quer ouvir as explicações do governo local antes de tomar sua decisão. Até agora, o ministro reuniu apenas as informações apresentadas ao STF pela Procuradoria, por isso quer ouvir as explicações do governo local --que serão prestadas por meio da Procuradoria do DF.

O pedido de intervenção será decidido por Mendes e, posteriormente, submetida ao plenário da Corte --a não ser que o ministro o arquive de imediato. Se o STF acatar a intervenção, o pedido segue para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá que editar decreto nomeando um interventor federal para o DF. Se isso ocorrer, o decreto terá que ser analisado pelo Congresso no prazo máximo de 24 horas.

"O ideal é que seja analisado com a maior brevidade possível, mas não ignoro a complexidade do assunto", disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O procurador disse que o pedido de intervenção se justifica porque há no governo do DF uma "verdadeira organização criminosa" comandada pelo governador José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido). Toda a linha sucessória de Arruda, segundo Gurgel, estaria envolvida nas denúncias, assim como grande parte da Câmara Legislativa do DF --o que coloca o atual governo sob suspeita.

"Há uma organização encastelada no governo, com indícios de um esquema criminoso de apropriação de recursos públicos, inclusive com parlamentares envolvidos. O governador tem demonstrado que o andamento das investigações não tem impedido ele de continuar a atuar criminosamente, atuando para coagir testemunhas, apagar vestígios", disse o procurador.

Gurgel explicou que, em casos de intervenção, a linha sucessória de poder no governo do DF não precisa necessariamente ser obedecida --o que permite a Lula nomear outra pessoa, e não o vice-governador Paulo Octávio (DEM) para governar o DF. "Quando há intervenção, a linha sucessória desaparece. A União assume a administração do Distrito Federal pela pessoa designada pelo presidente da República", disse o procurador.

No pedido, Gurgel não pede intervenção no Poder Judiciário do Distrito Federal, apenas ao Legislativo e ao Executivo local. "É uma questão complexa que demanda análise do STF."

Arruda é preso pela polícia federal!!!


Com a prisão decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por tentativa de suborno, o governador José Roberto Arruda (sem partido) entregou-se na tarde desta quinta-feira (11) à Polícia Federal e deve passar a noite em uma sala de Estado Maior na superintendência em Brasília. Doze dos 15 ministros da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram decretar a prisão preventiva e determinar o afastamento do governador. O vice-governador, Paulo Octávio, deve assumir o cargo.

Minutos depois de decretada a prisão preventiva, o governador deixou a residência oficial de Águas Claras em um comboio composto por seis carros. Ele chegou à Superintendência da Polícia Federal por volta das 17h40, onde às 19h30, cerca de 20 manifestantes gritavam: "Fica, Arruda, fica!”

De acordo com um assessor da PF, Arruda "acatou a decisão com serenidade, e espera voltar no dia em que houver um habeas corpus". A defesa do governador já entrou com o habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido será julgado pelo ministro Marco Aurélio de Mello.

"Fomos surpreendidos", afirmou um de seus defensores, José Eduardo Alckmin. "A Câmara Legislativa precisaria ser consultada antes mesmo do curso do inquérito. A decisão se deu sem que a defesa do governador examinasse tudo", disse após deixar o prédio do STJ.

O ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Operação Caixa de Pandora no STJ, acatou o pedido feito pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, do Ministério Público Federal. Mas decidiu submeter sua decisão aos demais ministros, que tiveram que apresentar voto. A sessão terminou às 17h20.

A decisão foi tomada por maioria, vencido o ministro Nilson Naves. “Não vejo necessidade de se impor prisão a um governador. A regra é a liberdade. A exceção é a prisão", afirmou. Outro ministro votou para decretar a prisão de outros envolvidos, mas não de Arruda. O presidente da Corte não apresenta voto.

"A presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem pública”, escreveu Gonçalves no relatório em que cita formação de quadrilha, corrupção de testemunha e falsificação ideológica. Para o ministro, um grupo criminoso exerce o poder no governo do DF e, em razão do que classificou de "conduta audaciosa", "não resta outra alternativa senão a prisão".

O pedido de prisão é relativo à tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do escândalo do panetone, que teria sido para obstruir as investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina. O pedido foi feito em denúncia apresentada hoje contra Arruda e os outros cinco acusados por formação de quadrilha e corrupção de testemunha.

A preventiva se estende ao deputado Geraldo Naves (DEM), a Wellington Morais, ex-secretário de Comunicação do DF, Haroldo Brasil de Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília, e Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular de Arruda.

Na semana passada, o conselheiro do Metrô, Antonio Bento da Silva, foi preso pela Polícia Federal ao entregar R$ 200 mil a Sombra.

O jornalista afirmou que o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços, que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema.
(Fonte: UOL)

Participe de abaixo-assinado pela investigação do agronegócio



A Via Campesina lançou um abaixo-assinado sugerindo que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada recentemente para criminalizar a luta Reforma Agrária e o MST seja utilizada para investigar os crimes do agronegócio. No texto, a entidade afirma que "a restrição dos trabalhos dessa CPMI à investigação apenas de convênios de entidades parceiras do MST representará, unicamente, mais uma iniciativa parlamentar de criminalização dos movimentos sociais, e não uma contribuição ao desenvolvimento e democratização do campo brasileiro."

A Via Campesina pede o envio de cópias das adesões para o presidente da CPMI, senador Almeida Lima (PMDB/CE) e para o relator, deputado Jilmar Tatto (PT/SP).

Leia abaixo a íntegra do documento.

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA CPMI

Aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

Fevereiro de 2010

Prezados senhores,

O Parlamento brasileiro instalou novamente mais uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI, com a participação de deputados e senadores) para investigar os convênios firmados entre o governo federal e entidades e movimentos de trabalhadores rurais.

Apesar de a Bancada Ruralista e a grande imprensa insistirem que é uma “CPMI do MST”, o requerimento que criou a Comissão estabelece objetivos mais amplos, como explicitados na ementa: “apurar as causas, condições e responsabilidades relacionadas a desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários, investigar o financiamento clandestino, evasão de recursos para invasão de terras, analisar e diagnosticar a estrutura fundiária agrária brasileira e, em especial, a promoção e execução da Reforma Agrária”.

Diferente do divulgado pela grande imprensa, os reais objetivos dos autores do requerimento - Bancada Ruralista no Congresso - ao centrar as investigações apenas em convênios assinados entre o Poder Executivo e entidades populares, é criminalizar os movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Esta é a terceira Comissão Parlamentar de Inquérito com o mesmo objetivo nos últimos sete anos. Em 2003, foi criada a “CPMI da Terra”, que funcionou até novembro de 2005, e nada provou contra o MST ou qualquer outra entidade agrária. Naquela CPMI, a Bancada Ruralista conseguiu rejeitar o relatório apresentado pelo Dep. João Alfredo (PSOL/CE), então relator da CPMI, e aprovou o relatório do Dep. Lupion (DEM/PR), que propôs classificar as ocupações de terra como crime hediondo.

Em junho de 2007, o Senado aprovou a criação da CPI das ONGs, destinada a investigar a utilização de recursos públicos por entidades da sociedade civil organizada. Novamente, valendo-se de tese semelhante - ou seja, que as entidades populares e movimentos sociais desviam recursos públicos -, os inimigos da Reforma Agrária voltaram a atacar, pedindo a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de entidades parceiras do MST. A CPMI ainda está funcionando, e o seu encerramento está previsto para fevereiro de 2010. Além de analisar a aplicação legal dos recursos, seria importante analisar os resultados dos convênios, e se os objetivos propostos foram realizados.

Agora, a Bancada Ruralista voltou a atacar os movimentos sociais rurais, especialmente o MST, com a criação de mais uma CPMI, buscando dar resposta às pressões de sua base social, e utilizando-a como um meio de barrar a atualização dos índices de produtividade. Os argumentos e a tese são sempre os mesmos: movimentos sociais e entidades populares não têm direito a acessar recursos públicos.

Por outro lado, a instalação desta CPMI, tendo como objeto de investigação a atuação de entidades no meio rural, é uma excelente oportunidade para investigar, por exemplo, a destinação dos recursos recebidos pelo Sistema S. Essa investigação é oportuna, não só pela quantidade de recursos públicos envolvidos (entre 2000 e 2009, o SENAR e o SESCOOP, entidades dominadas pelas entidades dos fazendeiros, receberam, só em recursos da contribuição obrigatória, mais de R$ 2 bilhões), mas também por fartas evidências de má versação dos mesmos. Em reiteradas decisões do Tribunal de Contas da União, por exemplo, estes recursos estariam sendo utilizados não para educar e treinar o povo do campo, mas para manter, de forma irregular, as estruturas administrativas e mordomias das federações patronais.

Além disso, seguindo o que está proposto na ementa do requerimento aprovado, é uma excelente oportunidade para investigar a grilagem de terras públicas nos mais diversos Estados da Federação, que a imprensa denunciou e que envolve inclusive parlamentares como a senadora Kátia Abreu, no estado de Tocantins, ou banqueiros sob suspeita, como é o caso da compra de 36 fazendas em apenas três anos no sul do Pará pelo Banco Oportunity, o que foi denunciado em inquérito da Polícia Federal. Ou ainda, como a compra de terras por empresas estrangeiras em faixa de fronteira, como acontece com a empresa Stora Enso, no RS, e a seita Moon, no MS.

A violência no campo (e suas causas) é outra realidade a ser investigada. Nos últimos anos, foram mortas diversas lideranças do MST e de outros movimentos agrários. Desde a redemocratizaçao, em 1985, até os dias atuais, foram assassinados mais de 1.600 lideranças de trabalhadores rurais, incluindo agentes de pastoral, advogados etc. Destes, apenas 80 chegaram aos tribunais e menos de 20 foram julgados. A CPMI precisa investigar os seus responsáveis e por que o Poder Judiciário é tão conivente com os latifundiários mandantes desses crimes.

Recomendamos que o Parlamento brasileiro investigue porque um verdadeiro oligopólio de empresas estrangeiras domina a produção de agrotóxicos, e transformou o Brasil no maior consumidor mundial de venenos agrícolas, afetando a qualidade dos alimentos e a saúde da população, sem nenhuma responsabilidade.

Entendemos que estes seriam alguns temas que esta CPMI deveria investigar, contribuindo para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, apoiando as iniciativas populares, inclusive das organizações e movimentos que, na conquista de um pedaço de chão, produzem alimentos para a população brasileira. A restrição dos trabalhos dessa CPMI à investigação apenas de convênios de entidades parceiras do MST representará, unicamente, mais uma iniciativa parlamentar de criminalização dos movimentos sociais, e não uma contribuição ao desenvolvimento e democratização do campo brasileiro.

Queremos manifestar aos senhores nossa total solidariedade ao MST e a todos os movimentos sociais e entidades que colocam seus esforços na luta por uma Reforma Agrária justa e necessária. O Brasil nunca será uma sociedade democrática, nem justa, se não resolver essa vergonhosa concentração da propriedade da terra, em que apenas 15 mil fazendeiros são donos de 98 milhões de hectares, como denunciou o último censo, e que menos de 2% do total dos estabelecimentos controlam mais de 45% de todas as terras. E quem luta pela democratização da propriedade não pode ser criminalizado justamente por aqueles que querem manter o monopólio da propriedade da terra.

Atenciosamente,

(A carta assinada pode ser enviada por correio eletrônico para: Deputado Jilmar Tatto, relator - dep.jilmartatto@camara.gov.br e Senador Almeida Lima, presidente da CPMI - almeida.lima@senador.gov.br)

Minuta de Proposta do Encontro Educação Popular da RIDE


Rodas de Conversas com Educadores Populares e Pessoas que atuam com as Práticas Populares em Saúde na região do Entorno-DF


1.   Período: 28 e 29 maio de 2010
2.   Local: Faculdade de Saúde-UnB
3.   Tema: Os Movimentos Populares e Sociais na perspectiva de legitimar e incluir os saberes e Práticas Populares em Saúde nas políticas públicas.
4.   Participantes: em torno de 35 pessoas
5.   Materiais necessários: crachás, pastas ecológicas, copos plásticos, blocos e canetas, 40 unidades de cada.
6.   Visa Distrito Federal- Em processo de articulação, visando participação, apoio e parceria.
7.   Propositora: Silvéria- Projeto EDPOP em Saúde, ENF e DEX-UnB,
8.   Outros parceiros:  MDA, Min. Justiça,Ouvidoria e SGEP-MS, Talher Brasil, MISMEC/SES-DF, Conselho Nacional e Distrital de Saúde, INCRA-SR28 e Pronera. Em processo de articulação, visando participação, apoio e parceria.
9.   Vigilância Sanitária: Promover esclarecimentos para melhorar as informações sobre as estratégias e princípios do SUS, Visa e Ouvidoria, participação popular e controle social, na perspectiva da regularização das práticas populares em saúde.

Precisamos contar com apoio e participação de vocês para otimizar esse evento e atender as expectativas das pessoas envolvidas com educação e práticas populares em saúde do municípios da RIDE: Pirenópolis, Sto. Antônio Descoberto, Cacoalzinho, Água Fria de GO, Padre Bernardo, Brazlândia, Formosa, já incluídos nas nossas ações.
Também, é muito importante contar com apoio de vocês no sentido da articulação necessária com possíveis parceiros, Visa e conselho Saúde do GDF.
Estou a disposição para mais esclarecimentos.

Abração, Silvéria Santos
silveriamsantos@gmail.com

Por melhores estudos



Entidades como Funatura e Rede de Integração Verde (RIV) protocolam hoje no Ministério Público Federal uma representação pedindo a suspensão do estudo da bacia hidrográfica do rio Tocantinzinho, na Chapada dos Veadeiros, que vem sendo usado pelo consórcio Furnas, PCE, Energética-Tech e Rialma como base para projetos de 22 pequenas centrais hidrelétricas na região. Os ambientalistas também pedem que a a discussão sobre os empreendimentos ocorra na esfera federal e a suspensão da reunião marcada pelas empresas para o próximo dia 18. "Queremos estudos consistentes, não baseados em dados secundários e em termo de referência válido para o sudoeste goiano, que tem outra realidade ambiental", explicou Paulo Garcia, da RIV. A ação também será encaminhada ao Ministério Público Estadual e contará com um abaixo-assinado apoiado por especialistas. Confira um kit com avaliações técnicas sobre o estudo de bacia e outras materiais
www.oeco.org.br
--
Mara Cristina Moscoso
maramoscoso@gmail.com

Rio Tocantizinho
Junto com o rio Maranhão, nascido próximo à divisa de Goiás com o Distrito Federal, o Tocantinzinho é um dos principais formadores do rio Tocantins, que corta estados de Goiás, do Tocantins e do Pará, desaguando no Atlântico. A origem de sua bacia está na Estação Ecológica de Águas Emendadas, no DF. Hoje o Tocantinzinho é um dos formadores do lago da hidrelétrica de Serra da Mesa. Nasce próximo à cidade de Alto Paraíso (GO), na Chapada dos Veadeiros.